Ventos do Outono: O Jogo do Anjo

Olá pessoal, tudo bem?

Hoje, trago para vocês, uma resenha de um livro de um autor muito querido. Espero que gostem.

Poder concluir mais um livro do meu escritor favorito é como um privilégio. Em breve terei lido todos... não vejo a hora.

Sinopse: Aos 28 anos, desiludido no amor e na vida profissional e gravemente doente, o escritor David vive sozinho num casarão em ruínas. É quando surge em sua vida Andreas Corelli, um estrangeiro que se diz editor de livros. Sua origem exata é um mistério, mas sua fala é suave e sedutora. Ele promete a David muito dinheiro e sua simples aparição parece devolver a saúde ao escritor. Contudo, o que ele pede em troca não é pouco. E o preço real dessa encomenda é o que David precisará descobrir. Em O Jogo do Anjo, o catalão Carlos Ruiz Zafón explora novamente a Barcelona do início do século XX, cenário de seu grande êxito internacional A Sombra do Vento, que vendeu mais de 10 milhões de exemplares em todo o mundo. Lançado este ano na Espanha, O Jogo do Anjo já ultrapassou a marca de um milhão de exemplares vendidos.

Ao finalizar o livro ‘O jogo do anjo’, aquela sensação de vazio retornou ao meu ser, quase da mesma forma, como quando finalizei o livro de mesmo autor, ‘A sombra do vento’. O Zafón tem mesmo esse poder de nos preencher com a leitura.

“A poesia se escreve com
lágrimas, o romance com sangue e a história com águas passadas.”

Apesar de não ser um best-seller como o livro que o precedeu, ‘O jogo do anjo’, também abriga aquela atmosfera misteriosa e vibrante característica de sua forma de escrita. Apesar de não possuir a narrativa poética com a mesma força de ‘A sombra do vento’ e ‘Marina’, ‘O jogo do anjo’, vem para mostrar o poder de um bom livro e o quanto ele é multifacetado, cheio de surpresas e reviravoltas no enredo.

“Sabe o que é bom nos corações partidos? É que só podem se
partir de verdade uma vez. O resto são apenas arranhões,” 

A história gira em torno de um jovem escritor, que após uma infância miserável e um início de carreira conturbado, recebe a proposta de um editor misterioso, que lhe oferece uma fortuna para escrever um livro que poderá mudar o rumo da história. Entre idas e vindas, amores platônicos e amizades improváveis, o autor nos conduz ao mundo dos escritores, com sua técnica e sua magia em contagiar o leitor, passando por críticos, admiradores e por àqueles que o quer ver destruído.

“Saí andando sem rumo, percorrendo ruas que me pareciam mais
vazias que nunca, fantasiando que se não parasse, se continuasse caminhando,
não iria perceber que o mundo que pensava conhecer não estava mais lá”

Era um tarefa quase impossível do Zafón, conseguir repetir o mesmo feito de ‘A sombra do vento’, e as comparações jamais deixarão de existir, mas admito que me surpreendi com o enredo dessa obra, apesar de ter ficado um pouco decepcionada com o fato da história não parecer tão real quanto eu gostaria. Mas vou deixar que o leitor tire suas próprias conclusões a respeito desse fato.

“O tempo cura tudo, menos a verdade” 

É interessante que o livro é uma continuação, mas a trama é totalmente nova, o autor inseriu novos personagens, expandindo aquela mundo descrito em A Sombra do Vento.

Então se você já leu o livro, deixe aqui sua impressão, pra trocarmos uma ideia, e se não leu, eu recomendo muito.