Olá pessoal,
como prometido, estou de volta
com a segunda parte das dicas básicas de fotografia.
No post
anterior eu falei um pouco sobre coisas bem básicas como: Regra dos terços,
composição, fluxo, hora mágica e alinhamento, que vocês podem conferir aqui. Hoje pretendo falar um pouco
sobre: Flare, Contraluz, Bokeh, Flash e zoom.
Aqui eu me
aprofundo mais no assunto, mas mantendo a ideia da possibilidade de fotografar
até mesmo com o celular, tendo em vista que alguns celulares já possuem
configurações que permitem brincar com a fotografia.
Contraluz
Fotografar
pôr-do-sol é sempre maravilhoso, pois é um momento único do dia que deve ser
bem aproveitado. E algumas pessoas possuem o privilégio de morar em lugares
onde a visão do pôr-do-sol é privilegiada (não é o meu caso). Então, porque não
aproveitar esse momento para fazer algumas fotos de silhuetas usando o
contraluz?
Cidades do interior são ótimas para esse tipo de foto |
Quando a gente
fotografa, o normal é ficar de costas para a fonte de luz, nesse caso o sol, e
deixar que o objeto a ser fotografado receba toda a iluminação, o contraluz é
fazer exatamente o oposto. Existem algumas configurações de câmera que nos
permite fazer com que a silhueta do objeto fique melhor detalhada na foto, mas
com algum treino dá pra conseguir um ótimo efeito mesmo com o celular. O
importante é não usar flash.
A silhueta nos permite distinguir a imagem do plano de fundo que continua nítido. |
Flare
Na fotografia
profissional, o flare é considerado um erro ou defeito fotográfico. Mas um bom
fotógrafo sabe usar isso a seu favor, fazendo com que o flare torne suas fotos
únicas.
Flare involuntário |
O flare
acontece quando a câmera está apontada para a fonte de luz (geralmente o sol),
criando uma refração através da lente da câmera, e formando círculos na imagem.
Dependendo da posição da câmera, esses círculos podem ser menores ou maiores,
ficarem mais nítidos ou apenas parecerem uma névoa.
Flare intencional |
O efeito é
muito bonito, mas é preciso ter cuidado ao apontar a câmera para o sol, pois
pode danificar o obturador.
Bokeh
O bokeh é
muito utilizado em fotografia macro, que é aquela fotografia de detalhes -
insetos, flores, etc. E algumas câmeras de celular já possuem essa função (meu
celular LG F5 possui).
O foco está apenas nas flores |
Mas para se conseguir um bom bokeh é preciso que a sua
câmera possua uma grande abertura, o que faz com os objetos próximo fiquem
focados, enquanto que o que está em segundo plano fica totalmente desfocado,
formando muitas vezes pontinhos (alguns programas de edição de imagem
transforma esses pontinhos em formatos diversos, como corações, estrelas...) veja exemplos. O
bokeh deixa as fotos com aparência mais profissional, como se a imagem
estivesse saindo da foto.
Percebam que o segundo plano está sem nenhuma nitidez |
Flash
Quando fiz o
curso de fotografia, o professor sempre insistia para que não usássemos o
flash, mesmo a noite. Isso porque o flash deixa as fotos estouradas, o que faz
com que se percam detalhes da imagem e consequentemente qualidade.
O primeiro plano (eu) ficou muito branco, enquanto o fundo está muito escuro |
O flash deve
ser usado apenas como luz de compensação, quando parte do que se deseja
fotografar está recebendo menos luz do que outras partes, como acontece quando
estamos na praia sob o guarda-sol. Se fotografarmos sem flash, a pessoa ou
objeto que está na sombra do guarda-sol, chapéu ou barraca ficará mais escura do que a paisagem
ao fundo, no caso, a praia. Nesse caso, deve-se ligar o flash para compensar
essa falta de luz no objeto que está mais perto.
Vejam que há uma sombra no rosto causada pelo chapéu na primeira foto, na segunda, o flash amenizou a sombra (imagem da internet) |
A distancia
que o flash alcança é bem limitada, por isso, o uso do flash em locais escuros,
por exemplo não é uma boa ideia. Muitas vezes, acontece de o objeto fotografado
ficar muito branco parecendo um fantasma, enquanto todo o resto da foto está
com iluminação satisfatória. Muitas pessoas não estão preocupadas com esse "detalhe", mas isso vai diferenciar uma boa de uma má foto.
Não há uso do flash na primeira foto, assim percebe-se os contornos do rosto, enquanto na segunda, perdeu-se os detalhes e alterou as tonalidades reais da imagem. |
Nos celulares
atuais e câmera mais simples existem algumas opções que devem ser usadas a fim
de compensar a pouca iluminação, chama-se modo cena, onde existem opções de
escolha para determinada situação. Algumas exigem o uso de tripé, mas se tiver
mão firme ou algum apoio fixo, dá pra conseguir fotografar.
Zoom
O zoom é um
recurso de aproximação das câmeras fotográficas. Bem, é o que deveria ser. Mas na verdade, o zoom digital, mais comum em
câmeras compactas e celulares não é um bom recurso para aproximar o objeto a
ser fotografado, pois o zoom digital não aproxima o objeto, ele pega aquela
imagem e a estica, o que faz com que perca a qualidade, deixando os
pixels da foto amostra, tornando a foto granulada e pouco nítida.
Existem
câmeras – não sei se já existem em celulares – que possuem a opção do zoom
ótico. Que significa que há um conjunto de lentes que consegue aproximar o
objeto real, sem distorcer ou diminuir a qualidade da imagem. A minha câmera
(Canon powershot SX50), possui zoom ótico de 50x, ou seja, ela aproxima a
imagem 50 vezes mantendo a mesma qualidade. É claro que zoom não é tudo, foi
isso que pensei quando a comprei quanto mais zoom, menos abertura você
tem, o que resulta em fotos mais escuras.
Imagem da lua sem zoom |
Usando o zoom de 50x da câmera. |
Então pra quem
fotografa com celular, o ideal é se aproximar o máximo possível do objeto e
evitar usar o zoom digital. Se sua câmera ou seu celular possuir câmera de mais
de 5 megapixels, dá pra você fazer a foto de longe e cortá-la depois em algum
programa de edição.
É isso! Espero que tenham gostado e que tenha sido útil. Não deixem de comentar, opinar, criticar construtivamente também é válido. sempre que surgirem novas ideias e dicas, estarei postando por aqui, então, não deixem de seguir o blog para ficar por dentro de tudo.
Até a próxima!