Olá pessoal, tudo bem com vocês?
Eu já percebei que a galera da blogosfera não curte muito carnaval e prefere uma boa leitura ou um bom filme para passar pela folia de Momo da maneira mais relax possível.
Como não viajei e o cinema da minha cidade estava com uma promoção imperdível, aproveitei para curtir uma das minhas paixões e de quebra assistir um dos filmes que está concorrendo ao Oscar.
Então, eu nunca fiz resenha de filme, mas após assistir O Jogo da Imitação, senti um necessidade grande de contar para vocês o que achei do filme e trocar uma ideia com quem também viu.
Direção: Morten Tyldum
Ano: 2014
Gênero: Biografia/Drama
Sinopse: Durante a Segunda Guerra Mundial, o governo britânico monta
uma equipe que tem por objetivo quebrar o Enigma, o famoso código que os
alemães usam para enviar mensagens aos submarinos. Um de seus integrantes é
Alan Turing, um matemático de 27 anos estritamente lógico e focado no trabalho,
que tem problemas de relacionamento com praticamente todos à sua volta. Não
demora muito para que Turing, apesar de sua intransigência, lidere a equipe.
Seu grande projeto é construir uma máquina que permita analisar todas as
possibilidades de codificação do Enigma em apenas 18 horas, de forma que os
ingleses conheçam as ordens enviadas antes que elas sejam executadas.
Entretanto, para que o projeto dê certo, Turing terá que aprender a trabalhar
em equipe e tem Joan Clarke sua grande incentivadora.
Todo filme que tem como pano de fundo a Segunda Guerra Mundial
é sempre permeado por uma grande expectativa e o Jogo da Imitação é,
definitivamente um filme esplêndido. E nem se trata da guerra em si, mas
da biografia de um cara brilhante que mesmo após ter sido o principal
responsável pelo fim da guerra, foi julgado e condenado por ser diferente.
O filme trata de todas as nuances do personagem, que é um
prodígio, um gênio da matemática que faz parte da equipe ultra-secreta formada
pelo exército britânico para tentar decifrar a Enigma, junto a outros gênios, como
um bi-campeão de xadrez, criptógrafos e matemáticos brilhantes. Mas é claro,
que Alan não é como eles, nem pensa como eles e conclui que um homem não pode
pensar como uma máquina e cria uma máquina que irá pensar diferente de nós e com isso decifrar a Enigma.
O filme se divide em três momentos, 1928, 1939-1941 e 1951,
os quais tentam explicar a genialidade e a personalidade única de Alan
Turing, que em alguns momentos eu cheguei a pensar: "Sheldon, é
você?" (da série The Big Bang Theory), tamanha era a similaridade entre
eles. Talvez sejam características comuns aos grandes gênios, o que
trouxe aos diálogos leveza e descontração em meio ao clima tenso do enredo.
Vi algumas críticas a respeito do roteiro, mas isso não me
fez mudar o sentimento de impacto que o filme causou, pois acredito que é isso
que O Jogo da Imitação se propõe a mostrar. E volto a afirmar que um filme
baseado em uma história verídica não precisa se tornar um documentário para que
seja perfeito, apenas exprimir emoções e fazer o expectador rir ou chorar,
sofrer e se encantar com cada cena. Para mim, além da belíssima atuação de
Benedict Cumberbatch, o texto foi muito bem escrito e a fotografia estava
linda. Não é a toa que concorre a oito categorias do Oscar, entre elas: Melhor Filme, Melhor Ator, Melhor Diretor, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Atriz Coadjuvante Para Keira Knightley.
Eu tenho um apreço muito grande por filmes biográficos e até
entendo que hajam muitas críticas em relação a história original, mas mesmo não
sendo nenhuma especialista da sétima arte, sou especialista em assistir
filmes, e nada me agrada mais do que me emocionar com o que se cria através da
adaptação de um roteiro.
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Alan Turing |
"O mundo é um lugar infinitamente melhor justamente
porque você não foi normal" (Joan Clarke)
Eu espero que tenham gostado da resenha. Aguardo
comentários, especialmente de quem já viu o filme, pois quero saber quais as
impressões que tiveram do filme.
Até a próxima!!!