setembro 02, 2014

Água para elefantes

Oi gente, estou de volta para mais uma resenha. Já estava na hora não é? A faculdade toma muito do tempo, especialmente por causa do estágio, onde quase não possuo acesso a internet.  Mas enfim, consegui terminar a leitura de mais um livro e não poderia deixar de postar a resenha dele, senão o blog iria ficar abandonado e eu não posso deixar isso acontecer.  Então, aqui vai a resenha de Água para elefantes, a fim de me redimir com os leitores.


Eu já falei aqui sobre o site Trocando Livros, onde podemos cadastrar livros para trocar e recebemos um crédito para escolher um livro no site. Então, o livro de hoje veio de uma troca. Está em ótimo estado, sem amassados nem rabiscos, apenas marcas de manuseio, afinal é um livro usado. Eu recomendo o site. Apesar de eu morrer de pena de me desfazer dos meus livros hihi.
          
Sinopse: Desde que perdeu sua esposa, Jacob Jankowski vive numa casa de repouso, cercado por senhoras simpáticas, enfermeiras solí­citas e fantasmas do passado. Por 70 anos Jacob guardou um segredo. Ele nunca falou a ninguém sobre os anos de sua juventude em que trabalhou no circo. Até agora. Aos 23 anos, Jacob era um estudante de veterinária. Mas sua sorte muda quando seus pais morrem num acidente de carro. Órfão, sem dinheiro e sem ter para onde ir, ele deixa a faculdade antes de prestar os exames finais e acaba pulando em um trem em movimento - o Esquadrão Voador do circo Irmãos Benzini, o Maior Espetáculo da Terra. Admitido para cuidar dos animais, Jacob sofrerá nas mãos do Tio Al, o empresário tirano do circo, e de August, o ora encantador, ora intratável chefe do setor dos animais. É também sob as lonas dos Irmãos Benzini que Jacob vai se apaixonar duas vezes: primeiro por Marlena, a bela estrela do número dos cavalos e esposa de August, e depois por Rosie, a elefanta aparentemente estúpida que deveria ser a salvação do circo. Água para elefantes é tão envolvente que seus personagens continuam vivos muito depois de termos virado a última página. Sara Gruen nos transporta a um mundo misterioso e encantador, construí­do com tamanha riqueza de detalhes que é quase possível respirar sua atmosfera.
Título: Água Para ElefantesAutor: Sara GruenAno: 2011 Editora: Arqueiro

Como conta a sinopse, após a trágica morte do pais e o futuro sombrio que o espera, Jacob pula em um trem em movimento, que só ao amanhecer, ele descobre que o trem pertence a um circo, local onde ele irá viver uma nova e emocionante história.

Ele faz amigos, inimigos e logo se apaixona por uma linda domadora de cavalos. Isso basta para que sua aventura no circo passe do status de reles tratador de animais a personagem fundamental no dia a dia do circo. Especialmente com a chegada da elefanta Rose, um animal de grandes proporções e Inteligência rara.

“As feições (da orangotango) são côncavas, a cara parece um prato grande com uma franja avermelhada. É a coisa mais terrível e mais bela que já vi.” 

Eu tenho um grande apreço por elefantes, pela beleza, imponência, inteligência e pela boa memória, algo que sempre me intrigou, e apesar de já ter visto o filme, essa temática trás a tona todo um imaginário que permeia o mundo circense, e mais ainda, ter a elefanta Rose como coadjuvante no enredo e peça fundamental na história, sendo a heroína que promove o final feliz dos personagens principais, realmente foi instigante.


“De repente, a elefanta se agiganta contra a parede lateral mais afastada. Um animal enorme, da cor de nuvens de chuva.” 

Eu gostei do livro, não apenas pela história da elefanta, mas pela forma que a autora escreve e narra cada acontecimento. É tocante, engraçado e tenso na medida certa. Você ama e odeia alguns personagens, se encanta com o espetáculo e se comove, com a dura vida em um circo que percorre o país através dos trilhos do trem.

“Quero me derreter dentro dela, como manteiga numa torrada. Quero absorve-la e andar por aí pelo resto dos meus dias com ela incrustada em minha pele.”

Enfim, é uma leitura ótima, o enredo foi muito bem escrito, e o melhor é ter a história contada pelo próprio Jacob idoso, que tem em sua memória uma incrível trajetória que ninguém no asilo conhece.


Cabe ressaltar a atenção, ou falta dela para com os nossos idosos. Isso é bem retratado no livro, onde o personagem vive num asilo esquecido pelos filhos e netos, apesar de boa saúde, é tratado como um inválido e não tem desejos e vontades considerados, como se esquecêssemos que um idoso também é um ser pensante e tem anseios como qualquer pessoa. E o mais importante, eles contém um acervo enorme de experiências e histórias em suas memórias que não podem ser ignoradas. 


Precisamos valorizar as pessoas que fazem parte da nossa história familiar, pois não basta cuidar da saúde, é preciso dar atenção e cuidar em amar.

A edição é simples e bem organizada, com fonte e capítulos agradáveis para a leitura. Apesar de eu preferir as capas originais, a edição que li tem a capa do filme, como consta na imagem, mas apenas por uma questão de gosto pessoal, pois essa também é belíssima.

Espero que tenham gostado da resenha. Se você já leu, não deixe de comentar a sua impressão e se não leu comente também, vamos trocar uma ideia!!

Lembrando que vocês podem acompanhar o que estou lendo através do Orelha de Livro.

Até a próxima!
 
© Ventos do Outono | 2016 | Todos os Direitos Reservados | Criado por: Luciana Martinho | Tecnologia Blogger. imagem-logo