julho 31, 2017

Desafio pessoal de leitura

Olá pessoal, tudo bem?
Então, vi vários posts relacionados a leituras realizadas no primeiro semestre e a serem realizadas no segundo, e isso me inspirou...


Resolvi criar um desafio de leitura pessoal para me incentivar a ler coisas mais variadas nesse segundo semestre. Digo isso por que vai ser um grande esforço concluir todas as leituras que estão esperando, por isso, escolhi livros que eu realmente quero ler.

Como o trabalho e a faculdade me tomam muito tempo, selecionei algumas leituras bem diversas, seguindo alguns desafios.



E aqui está minha seleção de leituras. É pouco, mas espero conseguir superar e ler além destes.

Sandman: Teatro do Mistério / Ed e Lorraine Warren / Cartas de Amor aos Mortos / O Rosto Que Precede o Sonho / Paneloviski / O Caçador de Pipas / Encantadas - Veneno

Quem quiser se inspirar nesse desafio, fique a vontade para participar ou criar o seu próprio e assim podemos ir trocando uma ideia.

Torçam por mim!!!

Até a próxima!!!

julho 29, 2017

Dica de Filme: O Mínimo Para Viver

Olá pessoal, tudo bem?
Nessas férias eu não fiz nenhuma super viagem nem nada, mas consegui tempo para ver muito filme e séries.


Um dos filmes que eu vi no Netflix foi um bem recente e achei a temática bem bacana, por isso o escolhi para contar minhas impressões para vocês.

Sinopse: Uma jovem (Lily Collins) está lidando com um problema que afeta muitos jovens no mundo: a anorexia. Sem perspectivas de se livrar da doença e ter uma vida feliz e saudável, a moça passa os dias sem esperança. Porém, quando ela encontra um médico (Keanu Reeves) não convencional que a desafia a enfrentar sua condição e abraçar a vida, tudo pode mudar.

O filme é estrelado por Lily Collins, umas das novas queridinhas do cinema e do lindo mas decadente Keanu Reeves, fatos que fazem desse filme uma superprodução, muito pelo contrário, não há nenhum atuação digna de Oscar, o roteiro não é cheio de reviravoltas e surpresas, assim como o enredo é simplório e objetiva simplesmente passar uma mensagem: A anorexia é uma doença grave e pode levar a morte.


Logo no início do filme conhecemos Elen, uma jovem de 20 anos que sofre de anorexia e é especialista em contar calorias de todos os alimentos que aparecem a sua frente. Após várias tentativas da família, sua madrasta busca tratamento com um médico que possui métodos não convencionais afim de tentar salvá-la.


O filme retrata a rotina de alguém que sofre da doença e mostra todas as façanhas usadas para evitar o ganho de peso como correr, fazer abdominais, vomitar, contar calorias, fumar, etc. Elen, está no limite, mas passa muito tempo medindo a espessura do seu braço sob as roupas superfolgadas e sua aparência é de alguém frágil que quase não consegue se sustentar em pé.


O Dr. William Beckham após examiná-la, sugere interná-la em sua clínica para tratamento e logo, Elen se depara com pessoas que sofrem de problemas semelhantes ao seu, mas que estão buscando a recuperação, se isso vai ajudá-la ou não, é que saberemos no desenrolar do filme.


Bom, o filme não foca apenas na Elen, mas há outros personagens com distúrbios alimentares na clínica onde ela será internada, cujas histórias são diferentes, mas que para alguém como eu que teve problemas para emagrecer, não justifica esse desejo inconsciente de morrer de fome, pois é assim que enxergamos os personagens na nossa visão leiga e deturpada.


E eu gostaria que os diretores tivessem explorado mais as histórias paralelas para que a gente conseguisse ter noção da dimensão dessa doença, mas o foco é na Elen e no seu percurso rumo ao fundo do poço, como sendo um caminho para sua redenção. A atuação do médico é quase inexistente, ele basicamente deixa as coisas rolarem e várias coisas acontecem as vistas dos cuidadores, como se isso fizesse parte do tratamento.


Além do drama vivido pela jovem, também acontece um romance entre ela e um interno e ele para mim foi o personagem mais importante, pois ele era como um elo entre a doença e a cura que Elen precisava e ele estava ali mostrando que era possível superar tudo.


No geral, o filme passa uma mensagem sobre a doença sem mascarar a realidade, acho uma boa lição para quem vivencia essa situação, mas como falei no início, não é aquele drama que aprofunda um contexto e nos leva a querer mudar o mundo rs. Na verdade, gostaria de um pouco disso no enredo, que fosse mais explorado o sofrimento psicológico, da família, etc.

Bom, espero que tenham curtido, quem tiver a oportunidade de ver, pode voltar aqui para trocarmos comentários.

Até a próxima!

julho 27, 2017

Estreias da Semana (27/07 a 02/08)

Olá, tudo bem?
Mês das férias terminando, mas o cinema tem sempre uma carta na manga.


Confira as estreias da semana e escolha aquele filme para ver antes que tudo acabe.

7 DESEJOS

Sinopse: A adolescente Claire (Joey King) descobre uma caixa mágica, que lhe concede sete desejos. Claire acaba fazendo apenas desejos pessoais e coisas ruins começam a acontecer. Com isso ela descobre que dentro da caixa vive uma entidade malvada, que pode estar causando esses acontecimentos terríveis.

COMO SE TORNAR UM CONQUISTADOR

Sinopse: Desde criança, Maximo (Eugenio Derbez) sonhava em se tornar rico sem precisar trabalhar. Durante a juventude, ele conhece uma viúva milionária e se casa com ela. Décadas depois, vivendo numa mansão e cercado por carros de luxo, Maximo é dispensado pela esposa. Agora, sem dinheiro e sem experiência de trabalho, ele busca abrigo na casa da irmã Sara (Salma Hayek), que leva uma rotina modesta. Aos poucos, o homem aproveitador descobre novos valores de vida.

DUNKIRK

Sinopse: Na Operação Dínamo, mais conhecida como a Evacuação de Dunquerque, soldados aliados da Bélgica, do Império Britânico e da França são rodeados pelo exército alemão e devem ser resgatados durante uma feroz batalha no início da Segunda Guerra Mundial. A história acompanha três momentos distintos: uma hora de confronto no céu, onde o piloto Farrier (Tom Hardy) precisa destruir um avião inimigo, um dia inteiro em alto mar, onde o civil britânico Dawson (Mark Rylance) leva seu barco de passeio para ajudar a resgatar o exército de seu país, e uma semana na praia, onde o jovem soldado Tommy (Fionn Whitehead) busca escapar a qualquer preço.

EM RITMO DE FUGA

Sinopse: O jovem Baby (Ansel Elgort) tem uma mania curiosa: precisa ouvir músicas o tempo todo para silenciar o zumbido que perturba seus ouvidos desde um acidente na infância. Excelente motorista, ele é o piloto de fuga oficial dos assaltos de Doc (Kevin Spacey), mas não vê a hora de deixar o cargo, principalmente depois que se vê apaixonado pela garçonete Debora (Lily James).

ESTEROS

Sinopse: Matias e Jeronimo são dois grandes amigos que cresceram juntos em Paso de Los Libres, uma região simples e folclórica na Argentina. Durante sua adolescência, surgiu uma inesperada atração sexual entre os dois, que viveram os sentimentos com curiosidade. Mas a vida acabou separando seus destinos. Após anos afastados, eles lidam de maneiras totalmente distintas com as lembranças do passado. Mas, quando os dois se reencontram, o sentimento renascerá e se confrontará com todos os tipos de conflitos morais.

LOVE FILM FESTIVAL

Sinopse: Luzia (Leandra Leal), uma roteirista brasileira, e Adrián (Manolo Cardona), um ator colombiano, se conhecem e se apaixonam em meio a um festival de cinema. Uma história de amor que é desenvolvida em outros 5 encontros, todos eles em festivais de cinema ao redor do mundo. Nessa mistura de ficção e realidade, tudo é possível, e o casal revive clássicas cenas românticas de filmes.

O REENCONTRO

Sinopse: Claire (Catherine Frot) exerce sua profissão de parteira com muita paixão. Ela é conhecida por ser uma mulher séria e prudente, além de bastante solitária. Sua vida se transforma com a aparição inesperada de Béatrice (Catherine Deneuve), uma antiga amante de seu pai, em busca de ajuda para problemas pessoais. Claire hesita em ajudá-la a princípio, mas logo apoia a mulher extravagante, e descobre um modo de vida muito diferente do seu.

O REINO DA BELEZA

Sinopse: Durante um colóquio na cidade de Toronto, Luc Sauvageau (Éric Bruneau), um arquiteto casado com Stéphanie (Mélanie Thierry) e natural do Quebec, conhece Lindsay (Melanie Merkosky), uma mulher intrigante. Luc acaba se apaixonando pela mulher e começa um relacionamento apaixonado e tortuoso com ela.

E aí, já escolheu?

Até a próxima!

julho 25, 2017

Autoral: Reencontro

Olá pessoal, tudo bem?
Sabe quando faz tempo que você não escreve, e de repente, um acontecimento te enche de sentimento, te arrebata e te inspira?


Acho que vocês sabem bem do que estou falando. Pois é, o texto de hoje eu escrevi em um desses momentos. Confiram!

E ali estava eu, diante da sua presença tão marcante.
Parecia um sonho, quando eu me despi do meu orgulho,
dos meus princípios e das armadilhas sociais desse mundo.
Incentivada por aquilo que deu início a esse instante.

O desejo instantâneo ao te conhecer foi perceptível.
A timidez não foi suficiente para disfarçar a paixão.
Embriagada fiquei, pelo trabalho de suas mãos.
Ainda assim, para você eu continuei sendo invisível.

Mas no giro do mundo um reencontro aconteceu.
De forma inusitada e controversamente conveniente.
Entre muitos personagens e personalidades diferentes.
Desprovidos de qualquer pudor ali estávamos você e eu.

Exposta, anônima e inconsequente a você me abri.
Como se nascida para tê-lo sempre dentro de mim.
Sentir-te, tocar-te, beijar-te, amar-te, isso foi o meu fim.
Quando percebi que terei meu coração partido por ti.

Um sentimento há muito perdido, esquecido em meu ser.
O qual não achava mais ser capaz de renascer, reviver.
Se foi feitiço ou magia, não sei, mas me pegou para valer.
Agora busco uma cura, pois sinto que nunca terei você.

OBS: O título é provisório, mas aceito sugestões.

Espero que tenham curtido, apesar de ele ser bem pessoal, acho que dá pra refletir nos sentimentos contidos nele.

Até a próxima!!!

julho 23, 2017

Projeto Esqueça Um Livro

Olá pessoal, tudo bem?
O dia do escritor nacional acontece dia 25/07 e é a data ideal para retomarmos o projeto Esqueça Um Livro.


Para quem não sabe, é um projeto que surgiu em 2013, quando Felipe Brandão, um apaixonado por leitura percebeu que sua estante estava abarrotada de livros e ao invés de comprar mais uma estante para acumular mais livros ou vender no sebo, resolveu desapegar, abandonando livros pela cidade, e assim nasceu o projeto #EsqueçaUmLivro no Brasil.


A ideia nasceu nos Estados Unidos em 2001 quando Ron Hornbaker e sua esposa viram uma reportagem sobre máquinas fotográficas descartáveis, que eram deixadas em certos locais para que outros encontrassem e pudessem fazer uso da mesma. Eles gostaram da proposta e começaram a pensar que outros objetos poderiam ser usados com a mesma finalidade. Olhando a estante de livros surgiu a ideia, batizada por eles de BookCrossing. 


Combinando leitura e e urbanidade, o conceito convida os leitores a deixarem livros em locais públicos, para que outras pessoas encontrem, leiam, e voltem a abandoná-los, como uma espécie de cadeia em favor do acesso à leitura.

A base do projeto é uma fanpage no Facebook, onde Felipe posta as fotos dos livros “esquecidos” por São Paulo, acompanhadas de uma breve sinopse e da indicação do local onde a edição foi deixada. “Sobre a Brevidade da Vida”, de Sêneca, foi o primeiro livro a ser abandonado no projeto. De lá pra cá, vários amigos, leitores e entusiastas passaram a colaborar com o projeto, deixando livros pela cidade.


Para participar é muito fácil. Basta esquecer um livro num local público, com um bilhetinho pra quem encontrar. Não deixe de postar uma foto nas redes sociais com a hashtag #esqueçaumlivro para que o movimento se espalhe!

Vamos esquecer? Eu já selecionei meu desapego!!

Até a próxima!

julho 21, 2017

Estreias do Cinema (20 a 26/07)

Olá pessoas lindas, como vão?
Vacilei essa semana e post saiu atrasado, mas ainda tá valendo, pois o fim de semana começa agora.


Então, escolha seu filme e aproveite a companhia!!!

TRANSFORMERS: O ÚLTIMO CAVALEIRO

Sinopse: Os humanos estão em guerra com os Transformers, que precisam se esconder na medida do possível. Cade Yeager (Mark Wahlberg) é um de seus protetores, liderando um núcleo de resistência situado em um ferro-velho. É lá que conhece Izabella (Isabela Moner), uma garota de 15 anos que luta para proteger um pequeno robô defeituoso. Paralelamente, Optimus Prime viaja pelo universo rumo a Cybertron, seu planeta-natal, de forma a entender o porquê dele ter sido destruído. Só que, na Terra, Megatron se prepara para um novo retorno, mais uma vez disposto a tornar os Decepticons os novos soberanos do planeta.

DETETIVES DO PRÉDIO AZUL (D.P.A.) - O FILME

Sinopse: Os Detetives do Prédio Azul são confrontados com o maior caso de suas vidas: salvar o próprio edifício da destruição. Pippo (Pedro Henrique Motta), Sol (Letícia Braga) e Bento (Anderson Lima) se infiltram na festa de Dona Leocádia (Tamara Taxman), a terrível síndica que é, literalmente, uma bruxa. Lá eles presenciam um crime "mágico", que condena o Prédio Azul a uma demolição de emergência. Para completar, a única testemunha - o quadro falante da Vó Berta (Suely Franco) - desaparece, e Dona Leocádia é enfeitiçada para ficar boazinha. Para resolver esse caso, os detetives vão contar com a ajuda do porteiro Severino (Ronaldo Reis), que empresta sua Kombi azul novinha para ser a sede de investigação. A aventura fica completa quando Tom (Caio Manhente), Mila (Letícia Pedro) e Capim (Cauê Campos), fundadores do clubinho original, são trazidos de volta ao Rio de Janeiro para ajudar no caso.

DE CANÇÃO EM CANÇÃO

Sinopse: Em Austin, no Texas, dois casais - os compositores Faye (Rooney Mara) e BV (Ryan Gosling), e o magnata da música (Michael Fassbender) com uma garçonete que ele ilude (Natalie Portman) - perseguem o sucesso através de uma paisagem de rock 'n' roll, sedução e traição.

MONSIEUR & MADAME ADELMAN

Sinopse: Sarah (Doria Tillier) e Victor (Nicolas Bedos) estiveram juntos por 45 anos. No funeral dele, Sarah é abordada por um jornalista que deseja contar a história de seu marido, um renomado escritor, a partir do olhar da mulher que sempre o acompanhou. A partir de então, ela passa a contar as minúcias do relacionamento que tiveram, incluindo segredos bastante íntimos.

TAL MÃE, TAL FILHA

Sinopse: Avril (Camille Cottin) é uma mulher de 30 anos, bem-sucedida com sua vida e carreira, que é completamente o oposto de sua mãe, Mado (Juliette Binoche), que é super dependente e mora com a filha desde que se divorciou. A relação das duas, que nunca foi das melhores, fica ainda mais complicada quando, por um azar do destino, mãe e filha ficam grávidas ao mesmo tempo.

E aí, gostaram das opções? 

Até a próxima!!!

julho 19, 2017

Fita Verde no Cabelo

Olá pessoal, tudo bem?
Hoje, iria trazer a resenha desse texto que me foi indicado pela minha irmã, que como professora do ensino infantil, está sempre levando leituras para seus alunos, enfim...


Ela me pediu para ler essa história, que seria um spin-off de Chapeuzinho Vermelho eu diria, mas devido a seu tamanho, resolvi trazê-lo na íntegra para que vocês também possam apreciar a leitura.

Fita Verde no Cabelo
(Nova velha história)
João Guimarães Rosa

Havia uma aldeia em algum lugar, nem maior nem menor, com velhos e velhas que velhavam, homens e mulheres que esperavam, e meninos e meninas que nasciam e cresciam. Todos com juízo, suficientemente, menos uma meninazinha, a que por enquanto. Aquela, um dia, saiu de lá, com uma fita verde inventada no cabelo.

Sua mãe mandara-a, com um cesto e um pote, à avó, que a amava, a uma outra e quase igualzinha aldeia. Fita - Verde partiu, sobre logo, ela a linda, tudo era uma vez. O pote continha um doce em calda, e o cesto estava vazio, que para buscar framboesas.

Daí, que, indo no atravessar o bosque, viu só os lenhadores, que por lá lenhavam; mas o lobo nenhum, desconhecido, nem peludo. Pois os lenhadores tinham exterminado o lobo. Então ela, mesma, era quem dizia: "Vou à vovó, com cesto e pote, e a fita verde no cabelo, o tanto que a mamãe me mandou". A aldeia e a casa esperando-a acolá, depois daquele moinho, que a gente pensa que vê, e das horas, que a gente não vê que não são.

E ela mesma resolveu escolher tomar este caminho de cá, louco e longo e não o outro, encurtoso. Saiu, atrás de suas asas ligeiras, sua sombra também vindo-lhe correndo, em pós. Divertia-se com ver as avelãs do chão não voarem, com inalcançar essas borboletas nunca em buquê nem em botão, e com ignorar se cada uma em seu lugar as plebeinhas flores, princesinhas e incomuns, quando a gente tanto passa por elas passa. Vinha sobejadamente.

Demorou, para dar com a avó em casa, que assim lhe respondeu, quando ela, toque, toque, bateu:

- "Quem é?"

- "Sou eu..." - e Fita Verde descansou a voz. - "Sou sua linda netinha, com cesto e com pote, com a Fita Verde no cabelo, que a mamãe me mandou."

Vai, a avó difícil, disse: - "Puxa o ferrolho de pau da porta, entra e abre. Deus a abençoe."

Fita Verde assim fez, e entrou e olhou.

A avó estava na cama, rebuçada e só. Devia, para falar agagado e fraco e rouco, assim, de ter apanhado um ruim defluxo. Dizendo: - "Depõe o pote e o cesto na arca, e vem para perto de mim, enquanto é tempo."

Mas agora Fita Verde se espantava, além de entristecer-se de ver que perdera em caminho sua grande fita verde no cabelo atada; e estava suada, com enorme fome de almoço. Ela perguntou:

- "Vovozinha, que braços tão magros, os seus, e que mãos tão trementes!"

- "É porque não vou poder nunca mais te abraçar, minha neta...." - a avó murmurou.

- "Vovozinha, mas que lábios, aí, tão arroxeados".

- "É porque não vou nunca mais poder te beijar, minha neta..." - a avó suspirou.

- "Vovozinha, e que olhos tão fundos e parados, nesse rosto encovado, pálido?"

- "É porque já não estou te vendo, nunca mais, minha netinha...." - a avó ainda gemeu.

Fita Verde mais se assustou, como se fosse ter juízo pela primeira vez.

Gritou: - "Vovozinha, eu tenho medo do Lobo!..."

Mas a avó não estava mais lá, sendo que demasiado ausente, a não ser pelo frio, triste e tão repentino corpo.

E aí, curtiram? Essa história tão curta acaba deixando algumas mensagens para nós de forma bem singela. Adorei conhecê-la e adorei trazê-la para compartilhar com vocês.

Até a próxima!

julho 17, 2017

Biografia: Frida Kahlo

Olá pessoal, tudo bem?
Faz tempo que não trago um post biográfico, já que a pesquisa demanda tempo, mas como estou de férias, consegui trazer para vocês a biografia de hoje.


No último dia 06/07 comemorou-se os 110 anos de Frida Kahlo, e sendo ela uma das principais representantes do feminismo, o post de hoje é mais do que falar sobre uma artista, trata-se da pintora autodidata mexicana que ainda hoje é sinônimo de empoderamento e liberdade, inteligência e personalidade. Ela é a feminista que vestiu o orgulho de ser mexicana, de ser mulher apaixonada e sonhadora. 

Capa da Revista Vogue (2012)
Frida, ou melhor, Magdalena Carmen Frida Kahlo y Calderón, nasceu no dia 6 de julho de 1907 na cidade de Coyoacán, México, filha de pai alemão e mãe de origem indígena-espanhola, foi a terceira filha de quatro irmãs. Apesar disso, ela sempre foi muto próxima do pai.


“Amuralhar o próprio sofrimento é arriscar que ele te devore a partir do teu interior.”


Com seis anos, Frida contraiu poliomielite, a primeira de uma série de doenças, acidentes, lesões e operações que sofreu ao longo da vida. A doença a deixou com uma lesão no seu pé direito, o que a levou posteriormente a amputá-lo. Passou a usar calças, depois longas e exóticas saias, que se tornaram uma de suas marcas pessoais.


Em 1925, aos 18 anos, aprende a técnica da gravura com Fernando Fernandez. Então sofreu um grave acidente. Um bonde, no qual viajava, chocou-se com um trem. O pára-choque de um dos veículos perfurou-lhe as costas, causando uma fratura pélvica e hemorragia. Frida ficou muitos meses entre a vida e a morte no hospital, teve que operar diversas partes e reconstruir por inteiro seu corpo, que estava todo perfurado. 

A Coluna Partida (1944)
Tal acidente obrigou-a a usar coletes ortopédicos de diversos materiais, e ela chegou a pintar alguns deles. Durante a sua longa convalescença, começou a pintar, usando a caixa de tintas de seu pai e um cavalete adaptado à cama. Chegou a cursar algumas disciplinas da faculdade de medicina, mas a arte falou mais alto e incentivada pelo pai tornou-se a artista que conhecemos.


Apesar de deprimida e incapacitada de andar, passou a pintar freneticamente a sua imagem, com um espelho pendurado na sua frente. Dizia: “Para que preciso de pés quando tenho asas para voar”. Entre os anos de 1922 e 1925 estudou desenho e modelagem na Escola Nacional Preparatória do Distrito Federal do México. Em 1928 filiou-se ao Partido Comunista Mexicano, onde conheceu seu marido, Diego Rivera com quem se casou aos 22 anos, em 1929.

Frida e Diego Rivera
O casamento foi tumultuado, visto que ambos tinham temperamentos fortes e casos extraconjugais. Kahlo era bissexual e Rivera aceitava abertamente os relacionamentos de Kahlo com mulheres, mas não aceitava os casos da esposa com homens. Frida descobre que Rivera mantinha um relacionamento com sua irmã mais nova, Cristina.

As Duas Fridas (1939)
Sob a influência da obra do marido, adotou o emprego de zonas de cor amplas e simples, num estilo propositadamente reconhecido como ingênuo. Procurou na sua arte afirmar a identidade nacional mexicana, por isso adotava com muita frequência temas do folclore e da arte popular do México.

Viva La Vida (1953)
Entre 1930 e 1933 passa a maior parte do tempo em Nova Iorque e Detroit, com Rivera. Entre 1937 e 1939, recebeu Leon Trotski em sua casa de Coyoacán, com que teve um breve romance.

Frida e Trotski (1937)
Frida chamava atenção por exagerar nas roupas, enfeites, risos e gestos. Em 1938, André Breton qualifica sua obra de surrealista em um ensaio que escreveu para a exposição de Kahlo na galeria Julien Levy de Nova Iorque. Não obstante, ela mesma declarou mais tarde: "Pensavam que eu era uma surrealista, mas eu não era. Nunca pintei sonhos. Pintava a minha própria realidade". Dedicou-se à pintura quase exclusiva de autorretratos.

O Veado Ferido (1946)

Em 1939, expõe em Paris na galeria Renón et Colle. Em 1942, Frida Kahlo começou a lecionar artes na Escola Nacional de Pintura e Escultura, escola recém-fundada na cidade do México. Foi uma defensora dos direitos das mulheres, tornando-se um símbolo do feminismo.



Em 1940 une-se novamente a Diego. O segundo casamento foi tão tempestuoso quanto o primeiro, marcado por brigas violentas. Ao voltar para o marido, Frida construiu uma casa igual à dele, ao lado da casa em que eles tinham vivido. Essa casa era ligada à outra por uma ponte, e eles viviam como marido e mulher, mas sem morar juntos.


“Se eu pudesse lhe dar alguma coisa na vida, eu lhe daria a capacidade de ver a si mesmo através dos meus olhos. Só então você perceberia como é especial para mim.”


Embora tenha engravidado mais de uma vez, Frida nunca teve filhos, pois o acidente que a perfurou comprometeu seu útero e deixou graves sequelas, que a impossibilitaram de levar uma gestação até o final, tendo tido diversos abortos.

Hospital Henry Ford (1932)
Apesar de passar por diversas cirurgias e usar um colete de gesso em consequência do acidente, Frida não parava de pintar. Sua obra recebia influência da arte indígena mexicana. Pintava paisagens mortas e cenas imaginárias. Usava cores fortes e vivas, explorando principalmente os autorretratos. Era também aficionada por fotografia, hábito que herdou de seu pai e do seu avô materno, ambos fotógrafos profissionais.

Auto Retrato (Fotografia)

Tentou diversas vezes o suicídio com facas e martelos.

Em 13 de julho de 1954, Frida Kahlo, que havia contraído uma forte pneumonia, foi encontrada morta. Seu atestado de óbito registra embolia pulmonar como a causa da morte. Mas não se descarta a hipótese de que tenha morrido de overdose (acidental ou não), devido ao grande número de remédios que tomava. A última anotação em seu diário, que diz "Espero que minha partida seja feliz, e espero nunca mais regressar - Frida", permite a hipótese de suicídio. Seu corpo foi cremado, e suas cinzas encontram-se depositadas em uma urna em sua antiga casa.


“Bebia para afogar as mágoas, mas as malditas aprenderam a nadar.”


Quatro anos após a sua morte, sua casa familiar conhecida como "Casa Azul" transforma-se no Museu Frida Kahlo. Reconhecida tanto por sua obra quanto por sua vida pessoal, ganha retrospectiva de suas obras, com objetos e documentos inéditos, além de fotografias, desenhos, vestidos e livros.

Casa Azul (Museu Frida Kahlo)

Após a morte da pintora, Diego Rivera exigiu 15 anos de segredo para os pertences do casal. No entanto, ele morreu três anos depois e deixou Dolores Olmedo, uma colecionadora de arte, como administradora de seu acervo e ela se recusou a dar acesso às peças até para o Museu Frida Kahlo.


“Pinto a mim mesma porque sou sozinha e porque sou o assunto que conheço melhor.”

Somente após sua morte, em 2004, os objetos foram desbloqueados e formaram a exposição sobre as roupas e pertences de Frida nunca antes vistos pelo público.

Exposição Frida Kahlo (2017)

Obras
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Bom, espero que tenham curtido esse biografia que eu amei e me emocionei várias vezes dirante a pesquisa. Como há muito o que saber sobre esse ícone da arte, fica aqui a dica de leitura para quem se interessar em conhecer mais a fundo a história de vida de Frida Kahlo.

Sinospe: Todo mundo sabe que tinha ideias radicais em política e hábitos modernos na vida, que pintava de modo radicalmente pessoal, e que teve uma existência tão tumultuada quanto o século XX em que viveu. O que poucos sabem é que tudo o que quase todo mundo sabe sobre Frida Kahlo está longe de resumir sua vida, ou de revelar a mulher por trás do ícone da arte latino-americana moderna. Finalmente traduzida para o português, Frida – a biografia foi um dos grandes impulsionadores do revival da artista nos Estados Unidos e em todo o mundo a partir de 1983. Como sintetizou a crítica, “Por meio de sua arte, Kahlo fez de si mesma uma artista e um ícone; por meio desta biografia, ganhou também dimensão humana”.
Escrito por Hayden Herrera, reconhecida historiadora da arte, o livro traz, além da intimidade da história de Frida, detalhadas descrições e interpretações dos quadros de Kahlo, escritas com o rigor e a acuidade de uma especialista, mas também com a clareza, a fluidez e a sedução de uma amante dessa arte.


Em 2002, foi lançado no cinema o filme biográfico Frida, estrelado por Salma Hayek e Alfred Molina.

E aí, curtiram? Eu amei fazer essa pesquisa e espero ter conseguido aproximá-los ainda mais dessa artista.

Até a próxima!
 
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