julho 19, 2015

Resenha: O Lado Bom da Vida

Olá pessoal, tudo bem?
Hoje trago para vocês mais um resenha, fruto da segunda leitura da Maratona de Inverno, o que me deixou muito feliz, pois consegui terminar a primeira semana de leitura com saldo positivo.

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O Lado Bom da Vida é um dos livros que eu estava querendo muito ler, não apenas por causa da maratona, mas por que ele está na minha meta de leitura do Soob e também por ser do Matthew Quick, autor que me conquistou durante a leitura de Perdão, Leonard Peacock*. Então, vamos conferir o que achei dessa leitura.
* Clique do título para ler a resenha.

Image and video hosting by TinyPicTítulo: O Lado Bom da Vida
Autor: Matthew Quick
Ano: 2012
Gênero: Romance, comédia, drama
Editora: Intrínseca
Sinopse: Pat Peoples, um ex-professor na casa dos 30 anos, acaba de sair de uma instituição psiquiátrica. Convencido de que passou apenas alguns meses naquele 'lugar ruim', Pat não se lembra do que o fez ir para lá. O que sabe é que Nikki, sua esposa, quis que ficassem um 'tempo separados'. Tentando recompor o quebra-cabeça de sua memória, agora repleta de lapsos, ele ainda precisa enfrentar uma realidade que não parece muito promissora. Com o pai se recusando a falar com ele, a esposa negando-se a aceitar revê-lo e os amigos evitando comentar o que aconteceu antes de sua internação, Pat, agora viciado em exercícios físicos, está determinado a reorganizar as coisas e reconquistar sua mulher, porque acredita em finais felizes e no lado bom da vida.


Bom, eu confesso que comecei a leitura desse livro cheia de expectativas, tendo em vista que a leitura anterior me emocionou muito, mas me decepcionei um pouco. Não a ponto de não gostar do livro, eu amei, mas não tanto quanto gostaria.

Uma coisa que adoro no Matthew Quick é que ele cria personagens apaixonantes. Por mais problemáticos, sofridos, e malucos que sejam, a gente não consegue não se encantar com essas pessoas. E mais uma vez eu senti vontade de pegar o personagem e levar para casa, cuidar e dizer que tudo ficaria bem. Foi assim com o Leonard Peacock, foi assim com o Pat Peoples.


“Dá para ver claramente que Fitzgerald nunca se deu o trabalho de olhar para a parte brilhante que há por trás das nuvens ao pôr do sol.” – sobre o livro O Grande Gatsby


A escrita do autor é muito fluida, e mesmo que haja uma atmosfera tensa que permeia o enredo, ele consegue narrar de uma forma muito leve e por algum momento parece que tudo está bem, quando na verdade a vida dos personagens está a beira do abismo.


“A essa altura dez árvores já devem ter sido derrubadas só para documentar minha saúde mental.”


Pat, é um verdadeiro louco, e como o livro é narrado em primeira pessoa na visão dele, nós podemos ver como funciona a mente dele e todos os seus pensamentos e angustias, além disso ele é viciado em exercícios, tem pesadelos, evita contato com as pessoas, tem problemas para conter a raiva e usa alguns artifícios para evitar os momentos de fúria que lhe acometem em algumas situações, como por exemplo, quando ouve o som do sax de Kenny G. E é muito engraçado, porque ele se sente perseguido pelo cara, e ficamos curiosos até o final do livro para descobrir o motivo disso.


“O Sr. G pode não parecer malvado, mas eu tenho mais medo dele do que de qualquer outro ser humano” 

Eu não tenho nada contra esportes e até gosto quando um livro ou filme, retrata esses momentos de torcida, o amor a um time, mas acho que o Matthew pesou a mão, e isso acabou deixando o livro um pouco chato. Não tanto a questão do esporte, mas as várias situações que envolviam os jogos do Eagles, deixando o enredo muito repetitivo. Tudo bem, que o Pat seguia uma rotina muito rígida, alternando exercícios, corrida, visita ao terapeuta e os jogos, mas achei desnecessário repetir tanto isso.


“E de repente, é dado o pontapé inicial e estou torcendo como se minha vida dependesse do resultado desse jogo.”


Mas o livro não é só jogo, há várias situações um tanto bizarras que acontecem, e que amenizam a tensão que é a situação do Pat. Os personagens secundários também são incríveis e surgem nos momentos mais oportunos na tentativa de trazer um pouco de normalidade para a vida do Pat, pois ele apagou partes da sua vida e todos a sua volta parecem esconder tudo dele, ao mesmo tempo que tentam ajudá-lo a tocar sua vida, e nesse contexto que a Tiffany se torna tão importante para a história. Mas não quero entrar em detalhes sobre a relação deles, porque seria muito spoiler junto.


“Em meus braços está uma mulher que me deu uma Tabela de Nuvens do Observador do Céu, uma mulher que sabe todos os meus segredos, uma mulher que sabe quão problemática é a minha mente, quantos comprimidos eu tomo, e que ainda assim permite que eu a abrace.”


Eu poderia ficar aqui falando sobre vários pontos do livro, mas se eu o fizesse tiraria a graça da leitura e eu quero que todos leiam, se é que já não leram, afinal, já há até uma adaptação para o cinema que eu ainda não vi. Mas tenho uma crítica a fazer, pois colocaram a Jennifer Lawrence para interpretar a Tiffany, que no livro tem mais de 35 anos, ou seja, ela é mais velha que o personagem Pat, interpretado pelo muso Bradley Cooper, o que me deixou, tipo "oi?", mas enfim...



Reitero que amei o livro, tendo apenas como ressalva o que já foi dito. Ainda assim, acho que merece nota máxima. Espero que vocês tenham gostado da resenha, eu tentei não me alongar muito para não acabar falando demais e ficar cansativo.


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Não deixem de me contar se já viram o filme ou leram o livro e o que acharam.



Essa resenha também estará disponível lá no  Skoob e no orelha de Livro.


Até a próxima!!!
 
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