outubro 19, 2015

Resenha de Filme: O Julgamento de Nuremberg

Olá pessoal, tudo bem?
Hoje eu trago uma resenha muito especial. Ela foi escrita pela minha irmã para um trabalho do curso de teologia, onde ela se utiliza de passagens bíblicas para contextualizar os acontecimentos narrados durante o filme.

Image and video hosting by TinyPic
Título: O Julgamento de Nuremberg | Ano: 2000

O filme trata de um recorte histórico após a Segunda Guerra Mundial. Autoridades de quatro países: Estados Unidos, Inglaterra, França e União Soviética se perguntam o que fazer com os prisioneiros de guerra, nazistas capturados, que eram os líderes nas diversas áreas da empreitada que exterminou milhões de pessoas.



O Presidente norte americano Truman solicita um julgamento dessas pessoas que direta e indiretamente foram responsáveis por tanta crueldade, em nome de uma ideologia arbitrária e preconceituosa.


Promotores, juízes e autoridades militares se unem para organizar o julgamento desses prisioneiros de guerra, pessoas de diversos segmentos, como: líderes militares, políticos, banqueiros, industriários que financiavam os nazistas. 

Em meio a debates e discussões uma pergunta se levanta: Como julgar prisioneiros de guerra, já que crimes de guerra nunca foram considerados crimes? A resposta foi imediata: Essas pessoas desobedeceram tratados de paz, tratados de fronteiras, crimes contra a humanidade. Além de quebra de acordo da Convenção de Genebra, Convenção de Hale. Outro ponto discutido foi o desrespeito ao triunfo da moral superior. 

Os prisioneiros de guerra, ao perceberem que seriam levados a julgamento quiseram defender sua causa. Quem era Militar dizia: “só estávamos seguindo ordens”. Goering, conhecido como o sucessor de Hitler afirmou: “tudo que fiz foi pelo bem da Alemanha”. Vale refletir sobre esta expressão. Como pensar no bem de uma nação através da crueldade, do racismo, da carnificina que se instalou? Como ser indiferente ao sofrimento de pessoas? A Palavra de Deus diz: “Ama ao teu próximo como a ti mesmo” Mateus 22: 39.

Image and video hosting by TinyPic

Como o massacre a judeus, e a outras minorias foi devastador, alguns queriam ser vingadores, mas uma frase chama a atenção: o julgamento baseado em leis tem que ser justo. Um militar de alta patente quis persuadir outro e disse que estava cumprindo ordens, e que outro militar entenderia sua posição. Nesta hora suas patentes lhe foram tiradas, para que fosse julgado como uma pessoa comum. Este episódio também lembra as Escrituras Sagradas: “os últimos serão os primeiros, e os primeiros serão os últimos”. Mateus 20: 16, e outro que diz: “pois todos são um em Cristo Jesus”. Gálatas 3: 28 b. A ética cristã ensina que diante de Deus somos iguais, sem patentes, sem privilégios, pois o próprio Cristo deixou sua glória, e se esvaziou. E quando se percebe alguns querendo ser melhores, ou tratando outros como piores, há claramente o retrato daqueles que a graça não alcançou, e o pecado tem total domínio sobre eles.

O desespero toma conta da prisão, a ponto de um, antes do julgamento cometer suicídio, outros acreditam que o julgamento deve ser sem o direito a um advogado, ou seja, nada de ética e nem de moral, não há paciência, mas o desejo de ver aqueles criminosos pagarem pelo que fizeram, mesmo que a justiça seja falha, ou feita com as próprias mãos.

Quando o julgamento começa, vêm à tona os crimes: pessoas enterradas até o pescoço e sendo baleadas na cabeça; experiências médicas bizarras; câmaras de gás; crianças jogadas vivas em fornalhas para serem queimadas. Um filme é passado e deixa todos perplexos ao verem ali diante de seus olhos toda crueldade humana sendo exposta. Um sofrimento jamais visto em tão grande escala. Corpos aos montes, como se fossem entulhos, a magreza, a feiura, a desesperança nos olhos, o pavor, enfim, não se sabia o que pensar, mas alguém afirma: Como seres humanos civilizados fazem isso? Em Romanos 1: 21 e 22 o Apóstolo Paulo fala do que o pecado causou nessas pessoas, que dizendo-se sábios, tornaram se loucos. 

Alguns tiveram a coragem de dizer que não sabiam dessa matança coletiva, outros reafirmavam que estavam obedecendo ordens. Obediência essa cega e sem responsabilidade, que se tornou irresponsabilidade. Em Tiago 4: 17 está escrito; “Quem sabe que deve fazer o bem e não o faz, comete pecado”. O fato de achar que obedecer uma ordem insana é fazer o que é certo demonstra irresponsabilidade, principalmente quando viola o direito à vida. 

Image and video hosting by TinyPic

O julgamento segue com algumas outras afirmações como: crença nos ideais - já que seu líder tinha incutido nas cabeças dos alemães que devia predominar uma raça pura. Se matar animais era considerado imoral, imagine então matar inconsequentemente pessoas. A obediência levava aqueles líderes nazistas a acreditar que eliminar era a solução, sem tortura, a morte deveria ser breve, rápida e indolor, por isso as câmaras de gás. Um soldado da SS afirmou com tranquilidade: “um caçador de ratos pensa que é errado matar ratos?”. Ou seja, os judeus para os alemães eram uma praga de ratos que deveria ser eliminada. O preconceito contra os judeus chegou a este ponto. Em Atos 10: 34 b está escrito que “Deus não faz acepção de pessoas”. Se o próprio Deus, que nos criou, nos trata de igual forma, porque a criatura se sente superior a outra criatura igual. 

Um psicólogo judeu acompanha a trajetória dos presos e percebe o porque de tanto ódio dos alemães pelos judeus: ele diz que na Alemanha o povo faz o que se manda, e isso desde pequeno em casa, depois na escola, na igreja, no trabalho. Então deveriam obedecer seu líder estadista. Também percebeu a divulgação da mídia que martelava na mente das pessoas que os judeus eram inferiores, e sendo inferiores, eram inúteis. E por fim, a falta de empatia por parte dos réus. Aqueles criminosos em nenhum momento se colocavam no lugar de um judeu, nem de seus parentes, muito menos dos que sofreram naquela barbárie. 

No discurso final, com os olhos molhados, o promotor afirmou: em nenhum tempo a humanidade testemunhou uma matança em grande escala. Seu discurso comovente, mas cheio de verdade trouxe a sentença daqueles nazistas. Poucos foram inocentados, alguns pegaram prisão e os que foram condenados pelos quatro crimes, foram condenados á forca. Apesar de os militares terem direito ao fuzilamento, não foram tratados como militares, mas como carniceiros, já que suas patentes foram tiradas.

Os crimes que condenaram os culpados foram: Crimes de conspiração por cometer agressão; Crimes de guerra; Crimes contra a paz; Crimes contra a humanidade.

De fato, este filme apresenta um relato verídico de como aconteceu o primeiro julgamento, trazendo reflexões, mas, acima de tudo, mostrando que a vida é um bem tão precioso que não pode ser desvalorizado, como a guerra infelizmente revelou. Deus é o autor da vida (Atos 3: 15); Deus é quem dá a vida e a tira (Jó 1: 21) e Ele disse: Não matarás (Êxodo 20: 13)

Por: Gladys Vieira

Espero que tenham curtido a resenha. Eu não vi o filme, mas conseguir ter uma ideia de todo o contexto e por ser sobre um tema que muito me interessa, fiquei bastante interessada em vê-lo o quanto antes.

Agora quero saber, o que vocês acharam da escrita da minha irmã? Já posso contratá-la como colunista do blog? kkk

Até a próxima!!!
 
© Ventos do Outono | 2016 | Todos os Direitos Reservados | Criado por: Luciana Martinho | Tecnologia Blogger. imagem-logo