fevereiro 27, 2017

Li Até a Página 100: Precisamos Falar Sobre Kevin

Olá pessoal, tudo bem?
Curtindo o carnaval ou aproveitando para ler bastante? Estou tentando mesclar as duas coisas, pois o carnaval aqui está bombando.


E assim chega mais um "Li Até a Página 100". Como todos devem saber, essa tag foi criada pelo blog Estante Lotada, onde eu falo sobre as primeiras impressões de um livro que estou lendo.


Sinopse: Transposto o primeiro estágio da perplexidade, um ano e oito meses depois, Eva dá início a uma correspondência com o marido, único interlocutor capaz de entender a tragédia, apesar de ausente. Cada carta é uma ode e uma desconstrução do amor. Não sobra uma só emoção inaudita no relato da mulher de ascendência armênia, até então uma bem-sucedida autora de guias de viagem.Cada interstício do histórico familiar é flagrado: o casal se apaixona; ele quer filhos, ela não. Kevin é um menino entediado e cruel empenhado em aterrorizar babás e vizinhos. A essa altura, as relações familiares já estão viciadas. Contudo, é à mãe que resta a tarefa de visitar o "sociopata inatingível" que ela gerou, numa casa de correção para menores. Por meio de Eva, Lionel Shriver quebra o silêncio que costuma se impor após esse tipo de drama e expõe o indizível sobre as frágeis nuances das relações entre pais e filhos num romance irretocável.

Primeira frase da página 100: 

"Na segunda semana de agosto, eu sabia qual era o dia importante e, até ele chegar, já estava explodindo."
Do que se trata o livro?

O livro é praticamente um monólogo, onde a mãe do Kevin através de cartas se abre com o então, ex marido sobre o filho Kevin que, apesar de não estar claro ainda, matou várias pessoas, um fato bem recorrente nos Estados Unidos nos últimos anos, que aqui é retratado como uma forma de mostrar o lado da família de um delinquente juvenil.

O que está achando até agora?

Confesso que minhas expectativas, até então altíssimas, foram ao chão quando comecei a ler e me deparei com uma história escrita em forma de cartas, na visão da mãe, sem que a gente tenha uma visão mais ampla dos fatos.Sempre preferi histórias em terceira pessoa e isso foi um tanto decepcionante.

O que está achando dos protagonistas?

Eu realmente não gosto da Eva, a única personagem que apareceu na história de fato. Somente alguns fragmentos do Kevin não deram margem para uma opinião. A mãe é egoísta e a todo tempo tenta justificar as atitudes psicopatas do filho, mas nas entrelinhas conseguimos ver o quanto ela foi negligente como mãe.

Melhor quote até agora:

"E será que um feto tem sentimentos? Eu não tinha como antever que continuaria fazendo essa mesma pergunta a respeito de Kevin quinze anos depois."

Vai continuar lendo?

Admito que pensei em abandonar a leitura no início, pois era muito tedioso ler as reclamações egoístas da mãe do Kevin sobre futilidades. Mas lá pela página 70 surgem alguns indícios sobre o comportamento do Kevin, e apesar de sutis, nos dá uma noção da dimensão do que está por vir, e isso me deixou bem curiosa e instigada a continuar a ler.

Última frase da página:

"Em termos da ínfima economia da família, as despesas tinham sido consideráveis."

E aí pessoal, alguém já leu esse livro? Depois da leitura pretendo ver o filme e espero não me decepcionar no final.

Até a próxima!!

 
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