abril 23, 2014

Especial Dia do Livro - Carlos Ruiz Zafón e sua obra

Oi gente, tudo bem?
Hoje é o dia do livro e eu não poderia deixar passar em branco, não é?


Resolvi fazer uma homenagem ao meu escritor favorito atualmente, o Carlos Ruiz Zafón e falar um pouco sobre o que já li, estou lendo e ainda lerei, publicado por ele.

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Zafón é um escritor espanhol, nascido em 1964, em Barcelona, onde aos catorze anos escreveu o seu primeiro romance, uma história de 500 páginas que nunca chegou a ser publicada. Antes de se aventurar como escritor, trabalhou na área de publicidade aos 19 anos. Logo, mudou-se para Los Angeles, onde trabalhou como roteirista de cinema, enquanto desenvolvia sua carreira como escritor.

Seu romance de estreia, intitulado ‘O príncipe da névoa’, foi lançado em 1993 na Espanha, voltado ao público juvenil, e alcançou grande sucesso comercial, vendendo cerca de 150 mil exemplares, o que lhe rendeu o prêmio de literatura Edebé. Seguindo a linha de romances juvenis, Carlos Ruiz Zafón, lançou ‘O palácio da meia noite’ (1994), ‘As luzes de setembro’ (1995) e ‘Marina’ (1999).

Mas sua consagração veio com a ‘A sombra do vento’ (2001), seu primeiro romance adulto, tornando-se um best-seller internacional que viria a ser finalista do prêmio Fernando Lara de Novela, na Espanha. O romance foi editado no ano seguinte e tornou-se um grande sucesso comercial e de crítica, ultrapassando as cinquenta edições, tendo sido traduzido para 35 idiomas e publicado em 45 países. Estes números colocam Carlos Ruiz Zafón como o mais bem sucedido escritor contemporâneo espanhol. 

Em 2004, ‘A sombra do vento’ ganhou o prêmio Planeta, um dos mais prestigiados galardões literários da Espanha. Foi também vencedor do prêmio Correntes d’Escritas em Portugal, em fevereiro de 2006.

Após o sucesso de ‘A sombra do vento’, Zafón publicou mais dois romances, formando a trilogia ‘O cemitério dos livros esquecidos’: ‘O jogo do anjoque estou lendo agora e ‘O prisioneiro do céu’, seu mais recente trabalho, publicado em 2012.

Acho que estão bem claros os motivos por eu ser fascinada pelo que esse cara escreve, não é? Mas na verdade não são os prêmios ou os números que me atraem na obra do Zafón, é a forma como ele escreve. Eu li até agora ‘O príncipe da névoa’, ‘Marina’ e ‘A sombra do vento’, e estou lendo ‘O jogo do Anjo’, já com ‘As luzes de setembro’ na fila de espera, e a forma poética, intensa e única de escrita está presente em toda a sua obra. 
É incrível o uso das palavras, das metáforas que ele usa para descrever os lugares, os sentimentos e as sensações presentes na história. A Barcelona do início do século, decadente e assolada pela guerra é o palco para os acontecimentos que ora parecem macabros, ora delicados, como se ele descrevesse uma pintura. E é maravilhoso quando você encontra trechos, como: "O dia estava esplêndido, com um céu azul de brigadeiro e uma brisa limpa e fresca que cheirava a outono e mar" (A sombra do vento) ou "Era um lugar frio e estreito, no qual o vento e a umidade pareciam zombar das paredes" (O jogo do anjo), ou "Naquele dia, o fantasma de Gaudí esculpia nuvens impossíveis sobre um céu azul que dissolvia o olhar" (marina). 

A sombra do vento foi o primeiro romance do Zafón que li e ele me atraiu só pelo título. Imaginem a sombra do vento, como é possível? É preciso ler o livro para saber. Imaginem “o nada depois da escuridão”- trecho de Marina, como se fosse algo palpável, possível e existencial. A narrativa te toca profundamente e te leva junto para dentro da história. Eu senti uma tremenda ressaca após terminar 'A sombra do vento', não consegui voltar para a vida real por alguns dias. E acho que é assim que devemos no sentir após ler um bom livro, saciados. 

Além de A sombra do vento, Marina é o queridinho dos leitores do Zafón, pois a história é linda, tocante e cheia de aventura, eu superindico a leitura. E pra finalizar, deixo aqui algumas citações tiradas dos livros do Zafón. Até a próxima!


“Senti-me rodeado por milhares de páginas abandonadas, de universos e almas sem donos, que se fundiam em um oceano de escuridão enquanto o mundo que palpitava do lado de fora daquelas paredes que perdia a memória sem perceber, dia após dia, sentindo-se mais sábio quanto mais esquecia”. (A sombra do Vento).

"A vida concede a cada um de nós apenas alguns raros momentos de pura felicidade. Às vezes são apenas dias ou semanas. Às vezes anos. Tudo depende da sorte de cada um. A lembrança desses momentos nos acompanha para sempre e se transforma num país de memória ao qual tentamos regressar pelo resto de nossas vidas. Sem conseguir." (marina).

"Um universo no qual sua vida era uma simples gota d'água entre as ondas." (Marina).

"Bem-aventurado aquele para quem os cretinos ladram, pois sua alma nunca lhes pertencerá." (O jogo do anjo).

Espero que tenha gostado de conhecer e saber um pouco mais sobre o Zafón. Não esqueçam de deixar seu comentário.

Até a próxima!

 
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