março 21, 2015

A Lenda do Pequeno Príncipe

Oi gente, tudo bem?
depois de uma semana de provas super corrida, voltei com um post bem especial.



Não preciso nem dizer que sou fã do livro O Pequeno Príncipe, porque acho que todo mundo é, e após me apaixonar pela linda edição luxo que saiu, a qual recebi essa semana, resolvi trazer um post especial, contando um dos muitos motivos por eu ser tão fã desse livro.

Edição luxo super-caprichada que recebi

Hoje, estou trazendo para vocês uma lenda - ou será um fato real? - sobre o livro O Pequeno Príncipe.

Todo mundo adora O Pequeno Príncipe, isso é fato. Sua história aparentemente infantil traz um enredo muito rico, repleto de reflexões filosóficas e lições de vida. É um dos livros mais lidos e mais traduzidos do mundo, e o nosso princepezinho já virou filme, caderno, camiseta, ovo de páscoa e souvenir's diversos, e em breve será lançado uma animação que deverá ser recorde de bilheteria. Confira o trailer:


O Pequeno Príncipe pode ser considerado um apanhado de parábolas existencialistas. Finda a leitura da obra, há de se observar que  quase todos os capítulos, que são pequenos fragmentos da viagem do princepezinho, abordam críticas sociais do entre-guerras. O autor, inclusive, faz uso de dualidades como vida/morte, amigo/inimigo e sociedade/indivíduo para solidificar as questões que traz a tona. Filosofia pura em um contexto leve e descontraído.

Antoine de Saint-Exupéry
Como alguns devem saber, o autor do livro O Pequeno Príncipe, era o aviador francês Antoine de Saint-Exupéry, que entre as décadas de 1920 e 1930 era responsável pelo correio postal entre a América do Sul, Europa e África. Entre suas viagens, conheceu vários lugares antes de sua morte precoce, que aconteceu em 1944, quando seu avião foi abatido por tropas alemãs durante a segunda guerra. Seu corpo nunca foi encontrado. Contudo, foi imortalizado através dessa importante obra, que foi escrita durante o exílio que passou nos Estados Unidos no final da década de 1930.


Sendo assim, muitas são as lendas contadas sobre as visitas do aviador/escritor Antoine de Saint-Exupéry ao Brasil. Algumas são infundadas, como a que foi recentemente desmistificada, sobre seu avião ter caído na cidade de Ubatuba no Estado de São Paulo. 

Mas o que pouca gente sabe, é que a inspiração para escrever esse livro tão brilhante e de grande sucesso, se deu em uma das viagens do autor ao Brasil, pois foi em uma dessas viagens que ele desembarcou em Natal, capital do Estado do Rio Grande do Norte, onde avistou um enorme exemplar do centenário Baobá, que ficava no terreno da casa onde Exupéry se hospedou. A imagem desse baobá está eternizada em forma de aquarela nas páginas do livro.

Leia aqui sobre o Baobá do Poeta, que inspirou o escritor.

Talvez pareça apenas um fato isolado que não comprove a veracidade dessa lenda, porém, várias passagens encontradas no livro fazem referência a símbolos da região, como a estrela e Forte do Reis Magos; o vulcão e o Pico do Cabugi; as dunas e falésias dos litorais norte e sul, e especialmente o elefante, uma alusão ao formato do mapa do Estado do Rio Grande do Norte.



E se isso não for suficiente para comprovar a veracidade da lenda, ano passado o sobrinho-neto de Exupéry esteve em visita a Natal durante as comemorações do ano da França no Brasil e fez questão de conhecer o baobá que inspirou o seu tio-avô.


François D’Agray (sobrinho de Exupéry) e Diógenes da Cunha Lima (poeta e dono do baobá)
Me comove muito saber que o autor observou com muita cautela esses lugares e os transformou em símbolos do pequeno mundo do Pequeno Príncipe e que essa obra mundialmente conhecida contém fragmentos da minha cidade. Talvez seja mesmo uma lenda, mas me agrada a ideia de que nós temos um pedacinho do mundo do Pequeno Príncipe aqui.

OBS: Diógenes da Cunha Lima é um renomado advogado, professor e poeta potiguar, apaixonado pela história do Pequeno Príncipe. Além de colecionar exemplares raros da obra de Exupéry, ele comprou o terreno onde está fincado o baobá, que corria o risco de ser arrancado por quem adquirisse a área que seria coloca a venda, visto que fica localizado em área residencial, preservando assim, esse importante exemplar da botânica, sendo o maior do Brasil em diâmetro. Além desse, há outros exemplares no Rio Grande do Norte e espalhados pelo Brasil.

Bom gente, espero que tenham gostado do post. Não sei se ficou bom, pois tive que resumir um pouco, já que esse assunto é para mim, muito interessante e quem quiser saber mais ou tiver alguma dúvida, só comentar.

Tá rolando promoção de aniversário, confiram aqui.

Até a próxima!
 
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