maio 29, 2017

Resenha 7/17: O Orfanato da Sta Peregrine Para Crianças Peculiares

Olá pessoal, tudo bem? Aproveitaram o fim de semana? Espero que sim.
Aproveitei esse momento de descanso para trazer mais uma resenha.


A leitura da vez não estava nos meus planos recentes, mas como o filme saiu eu acabei ficando muito curiosa e correndo para adiantar a leitura. É claro que, não consegui ler o livro antes do lançamento do filme, mas tudo bem. 

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Sinopse: A história começa com uma tragédia familiar que lança Jacob, um rapaz de 16 anos, em uma jornada até uma ilha remota na costa do País de Gales, onde descobre as ruínas do Orfanato da Srta. Peregrine para Crianças Peculiares. Enquanto Jacob explora os quartos e corredores abandonados, fica claro que as crianças do orfanato são muito mais do que simplesmente peculiares. Elas podem ter sido perigosas e confinadas na ilha deserta por um bom motivo. E, de algum modo - por mais impossível que possa parecer - ainda podem estar vivas. “Mesmo sem as fotos, esta seria uma história emocionante, mas as imagens dão um irresistível toque de mistério. A narração em primeira pessoa é autêntica, engraçada e comovente.

Título: O Orfanato da Sta Peregrine Para Crianças Peculiares | Autora: Ransom Riggs | Ano: 2015 | Gênero: Romance, Fantasia | Editora: Leya


O livro nos apresenta Jacob, um garoto de 16 anos que perde o avô em circunstâncias um tanto quanto inexplicadas, mas em suas últimas palavras o avô lhe faz um pedido e após todo um processo de depressão e consultas ao analista, Jacob viaja com seu pai para um ilha distante em busca de respostas ao mistério que envolvia a vida do avô e suas histórias fantásticas.

“A verdade agora parecia óbvia: suas últimas palavras tinham sido apenas mais um truque de mágico, como as fotos, e seu último ato tinha sido contaminar-me com pesadelos e delírios paranoicos que levariam anos de terapia e várias caixas de remédios aniquiladores de metabolismo para desaparecer.”

Esse é o pano de fundo desse romance histórico (assim o caracterizei), pois a autora usa um momento da história, junto com algumas fotografias também históricas para nos contar essa fascinante narrativa, repleta de descrições singelas e personagens bem icônicos, como é claro, são as crianças peculiares.

“Era a ilha do meu avô. Agigantando-se cinzenta, envolta pela névoa, guardada por um milhão de pássaros que não paravam de piar, ela parecia uma fortaleza antiga construída por gigantes. Enquanto eu erguia os olhos para seus penhascos escarpados, cujos cumes desapareciam em um recife de nuvens fantasmagóricas, a ideia de que esse era um lugar mágico não parecia tão ridícula.”

Através das muitas imagens espalhadas no decorrer do livro, a história vai sendo contada, enquanto Jacob descobre que os contos do avô eram tão reais quanto sua própria vida vazia e sem razão. E ele se descobre como parte da vida daquele orfanato perdido numa ilha distante e quase arcaica. Ele vai descobrir e aprender sobre os etéreos e acólitos, bem como sobre aves, sobre magia, sobre tempo e sobre o bem o mal nessa trama cheia de mistérios, paixão e amizade.

“Era como se a constância da vida deles ali, os dias sem mudanças, aquele verão perpétuo e imortal, tivesse prendido suas emoções como fizera com seus corpos, selando-os em juventude como Peter Pan e seus Meninos Perdidos.”

Além de Jacob, conhecemos outros personagens importantes na trama, como a Srta Peregrine que toma conta das crianças e do orfanato da melhor maneira que pode, protegendo todos naquele pedaço de tempo. Muitas são as crianças que vivem no orfanato, todas vindas de lugares diversos, mas só conhecemos mais a fundo algumas, como Emma, Bronwyn, Olive, Millard, Horace, etc. Eles possuem características que os tornavam diferentes demais para conviver em sociedade e por isso foram parar no orfanato.


“E percebi que partir não seria como eu havia imaginado, como me livrar de um fardo. A lembrança deles era algo tangível e pesado, e eu a levaria sempre comigo.”

A trama se desenvolve em torno da perseguição aos peculiares que vai levar ao desfecho, mas antes vamos ficar sabemos como tudo chegou aquele ponto. E isso foi algo que gostei no enredo, pois a autora conseguiu diluir a parte, digamos, teórica da história de forma que não ficamos cansados de conhecer mais sobre os peculiares, ao mesmo que temos os momentos mais intensos e mágicos.

“Porque não havia como escapar dos monstros, nem mesmo nessa ilha, que no mapa não era maior que um grão de areia, protegida por montanhas enevoadas, rochas escarpadas e marés violentas.”

A história se passa no período atual, mas nos deparamos com uma espécia de curva no tempo que será logo explicada, mas que deixa a história com dois cenários e esse enredo tem um misto de Harry Potter com x-man que nos prende do início ao fim. Também gostei de a história ter um fechamento, mesmo que deixe margem para a continuação nos deixando apenas com aquela ponta de curiosidade sobre o que virá a seguir.

“E percebi que partir não seria como eu havia imaginado, como me livrar de um fardo. A lembrança deles era algo tangível e pesado, e eu a levaria sempre comigo.”

Ainda não adquiri o segundo livro, mas espero que em breve eu traga minhas impressões dele para vocês.

Espero que tenham curtido.

Até a próxima!
 
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