janeiro 11, 2015

Perdão, Leonard Peacock

Oi gente,

hoje eu venho com primeira resenha oficial do ano. E devo dizer que foi uma leitura surpreendente!!!



Eu comprei esse livro no sebo virtual sem muitas pretensões, apenas achei o título intrigante e porque o preço estava muito atrativo rs.

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Sinopse:Hoje é o aniversário de Leonard Peacock. Também é o dia em que ele saiu de casa com uma arma na mochila. Porque é hoje que ele vai matar o ex-melhor amigo e depois se suicidar com a P-38 que foi do avô, a pistola do Reich. Mas antes ele quer encontrar e se despedir das quatro pessoas mais importantes de sua vida: Walt, o vizinho obcecado por filmes de Humphrey Bogart; Baback, que estuda na mesma escola que ele e é um virtuoso violinista; Lauren, a garota cristã de quem ele gosta, e Herr Silverman, o professor que está agora ensinando à turma sobre o Holocausto. Encontro após encontro, conversando com cada uma dessas pessoas, o jovem ao poucos revela seus segredos, mas o relógio não para: até o fim do dia Leonard estará morto.

Título: Perdão, Leonard Peacock | Autor: Matthew Quick | Ano: 2013 | Gênero: Sick-Lit, Drama | Editora: Intrínseca


A história já é intrigante desde o início. Leonard está prestes a cometer um assassinato-suicídio e como todo suicida ele precisa deixar sua marca, precisa fazer com que sua curta estadia na terra não seja esquecida. O mais trágico é que sua narração em primeira pessoa mostra exatamente o quanto o personagem foi negligenciado pela família e pelos amigos... e isso é muito triste. 

“... e me senti tão solitário que desejei que alguém enfiasse uma faca nas minhas costas para levar minha carteira vazia.” 

O enredo mescla alguns momentos engraçados, reflexivos e de muita emoção, especialmente quando o personagem narra seus pensamentos relacionados as únicas quatro pessoas que são importantes em sua vida, e essas pessoas são as mais improváveis. 

“ - Porque você não é todo tristeza e desgraça, Leonard. Já vi a luz em seus olhos muitas vezes.” 

Eu li com o coração na mão, porque me identifiquei com o Leonard: sua solidão, sua falta de jeito para lidar com rejeições e sua vontade de sumir me fizeram lembrar dos momentos em que precisei de atenção e não havia ninguém a quem recorrer, enfim... É muito fácil ignorar o sofrimento alheio quando a sua vida é perfeita, não é?! 

“Eu me sinto como se estivesse quebrado. Como se eu nunca mais pudesse me ajustar. Como se não houvesse mais lugar para mim no mundo ou algo assim. Como se eu tivesse ultrapassado o meu tempo de estadia aqui na terra, e todo mundo estivesse constantemente tentando me dar dicas sobre isso. Como se eu devesse apenas ir embora.” 

A leitura do livro é bem rápida, o livro é curto (223 páginas), mas não é uma das leituras mais leves e alegres de se ler. É até um pouco difícil imaginar o cenário ao qual o personagem está inserido sem se sentir mal por ele. É como ler o diário de uma pessoa que você vê diariamente sem nem imaginar o que se passa com ela. 

“Era como se, mais uma vez, bastasse eu me expressar para alguém me rotular e me colocar em uma caixa.” 

Apesar de toda a carga emocional da leitura, é uma história incrível que me surpreendeu e que o colocou entre os melhores livros que já li. Porém, eu achei as notas de rodapé desnecessárias em muitos momentos da leitura. Havia informações que poderiam ter sido diluídas no texto e pareceu que foi um pouco de desleixo do autor não ter feito isso, e para mim foi incômodo parar no meio da frase para buscar a informação no rodapé. 

“Era como se o arco do violino fosse uma varinha mágica, e as vibrações que saíam daquele pequeno instrumento de madeira fossem uma força que poucos poderiam enfrentar.” 

Ainda assim, recomendo muito a leitura, pois acredito que ela trás uma mensagem muito forte para os adolescentes e até para pais de filhos nessa fase, que como o próprio Leonard cita, estão alheios ao que acontece na vida dos filhos. 

Bom, espero que tenham curtido a resenha. Eu gostei muito de escrever, pois a leitura foi incrível e eu aguardo ansiosa pelos comentários, especialmente de quem já leu, pois quero saber o que vocês acharam. 

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Até mais! 
 
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