agosto 27, 2015

Resenha: Uma Curva no Tempo

Oi pessoas bonitas, tudo bem com vocês?
Enquanto não chegam os livros do projeto Livro Viajante, vou adiantando as leituras pendentes, e a escolha do meu TBR Jar dessa vez foi pelo livro Uma Curva no Tempo, uma leitura maravilhosa. Vem conferir...


Image and video hosting by TinyPic Sinopse: Às vésperas de saírem da cidade para a faculdade, Rachel Wiltshire e seus amigos sofreram um terrível acidente. Durante o jantar de despedida do grupo, um carro desgovernado atravessou a vidraça do restaurante onde estavam. Rachel escapou por pouco... Na verdade, ela deve sua vida a Jimmy, seu melhor amigo, que se sacrificou para salvá-la.

Cinco anos mais tarde, todos do grupo estão prestes a se reencontrar para o casamento de Sarah. Bem, quase todos. É com muita dificuldade que Rachel se convence a prestigiar a amiga, pois sabe que, para isso, terá de enfrentar os fantasmas do passado. Principalmente a culpa pela morte de Jimmy.

Com a vida destroçada, o rosto desfigurado por uma grande cicatriz e sofrendo de constantes dores de cabeça em decorrência do acidente, Rachel se obriga a encarar os fatos e vai ao cemitério visitar pela primeira vez o túmulo do amigo. Ao chegar lá, sua dor se intensifica a tal ponto que ela acaba desmaiando.
Quando acorda no hospital, Rachel fica surpresa: seu pai parece estar curado do câncer que o devastava, Jimmy está vivo e Matt – seu ex-namorado – alega ser seu noivo.
Sem entender o que lhe aconteceu, Rachel tenta convencer a todos de que nada daquilo pode ser real, mas os médicos apenas a diagnosticam com amnésia.
Desesperada por respostas, Rachel precisa primeiro decidir se vale a pena tentar voltar para a vida que conhecia e que, no fim das contas, era muito pior do que a que ela tem agora...

Título: Uma Curva no Tempo | Autora: Dani Atkins | Ano: 2015 | Gênero: Ficção, romance | Editora: Arqueiro 
Avaliação:




Então, a primeira coisa que me atraiu foi o título. Ele dá um significado muito curioso ao livro, pois a gente vai lendo a história e tentando entender como se deu essa curva. Será que foi algum acontecimento sobrenatural? Uma máquina do tempo? Eu fiquei me perguntando isso até o final do livro, quando me surpreendi ao ver que era algo tão inesperado, tão impensável.


“Todos os fatos e personagens estavam presentes, mas os detalhes e acontecimentos tinham sido torcidos numa estranha realidade paralela.” 

Eu não vou entrar em detalhes do enredo, pois acho que a sinopse já fala muito sobre a história, mas eu gostaria de me ater a narrativa, que se dá em primeira pessoa, e aqui eu faço uma pequena crítica, pois nossa personagem narra um acontecimento do qual ela não se lembra, e isso foi um pouco problemático para mim, visto que se ela não se lembra, como pôde narrar tudo com tantos detalhes? Eu até gosto do uso da primeira pessoa em determinadas histórias, pois assim, podemos sentir as mesmas coisas que os personagens, se angustiar junto com eles e tal, mas naquela parte em especial, eu achei que não ficou muito coerente. Mas vamos voltar a história...


“Afogada em sanidade, onde não deveria haver espaço para sanidade alguma.” 

Os acontecimentos na vida de Rachel após o(s) acidente(s), vem para mudar sua vida, primeiro para a pior forma possível, depois para melhor, o problema é que isso a deixará muito angustiada, sem saber qual vida é a verdadeira, tendo em vista sua "amnésia". Ela parece não mais se encaixar naquela realidade e tudo é muito novo, mesmo que um passado enevoado ainda persista em atingir sua memória. Parece confuso, mas a autora conseguiu trabalhar isso de uma forma bastante compreensível e eu adorei a forma como ela conduziu toda a trama, nos levando aos poucos para o final revelador. Sabe aquele livro que parece apenas bom durante a leitura, mas o final se revela tão surpreende a ponto de justificar tudo, e te deixa assim: "Hãã", pois é, foi assim que me senti, diante de um desfecho lindo, emocionante e cheio de significados.


“Era como se nada no mundo jamais tivesse sido certo até aquele único instante perfeito.” 

Falando dos personagens: eu li algumas resenhas desse livro e vi algumas críticas a personagem, que ela era muito afetada, muito cheia de manha, mimimi e tal, mas como já falei aqui, eu sempre tento me imaginar no lugar dos personagens que leio e não vejo como ela (Rachel) poderia ter atitudes diferentes, afinal, ela sofreu um choque com o acidente, depois sofreu outro acidente, depois "acordou" em uma espécie de universo paralelo, enfim, não é fácil lidar com uma situação igual a dela, e por mais que a gente sempre espere uma heroína forte, destemida e determinada, é essa personagem mais real e verdadeira que me conquista, pois assim eu posso me identificar e buscar nela qualidades que estão em segundo plano, posso vê-la crescer durante a leitura. O Jimmy, seu melhor amigo é um amor de pessoa, o tipo de cara apaixonante e que a gente sempre deixa na friendzone, ou que demoramos a enxergar o quanto é especial, ao contrário do Matt, que de tão lindo, é impossível não pensar que tirou a sorte grande sqn. Além da sua melhor amiga Sarah, que acaba ficando um pouco apagada na história, mas que não deixa de ter sua importância no desenrolar da trama. E o não menos importante, pai, que é o melhor que alguém poderia ter, companheiro, cuidadoso e amigo.


“O fio que tecia a trama de nossas vidas de repente parecia entrelaçado com ironia.” 

Como li em e-book, não tenho muito o que dizer sobre a diagramação, apenas sobre a capa que é linda e meiga, retratando bem o que se passa na história, mas com relação a revisão, encontrei alguns errinhos que se repetiram ao longo do livro, e isso acabou me incomodando um pouco, apesar de não interferirem no entendimento do texto. Outra coisa que me incomodou foram os capítulos muitos longos, isso sempre me dava preguiça de retomar a leitura quando não tinha muito tempo para ler. Mas no geral, o livro é ótimo, quase perfeito. Do tipo que eu indico a leitura sem medo de que alguém não goste.


“Eu havia acreditado que, com o passar dos anos, alcançara um ponto de aceitação, mas percebia agora que tudo o que fizera fora passar uma fina camada de fingimento sobre uma ferida aberta.” 

É isso. Espero que tenham gostado da resenha, sei que muitos já leram, então, espero trocar um ideia sobre essa leitura, que vocês podem conferir a resenha também no Orelha de Livro e Skoob.

Até a próxima!!!
 
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