fevereiro 23, 2016

A Garota Dinamarquesa

Olá pessoal, tudo bem?
Nos últimos dias, deixei um pouco as leituras de lado para me esbaldar com os filmes que estão concorrendo ao Oscar, e um dos motivos disso, é que esse ano, os cinemas da minha cidade resolveram exibir todos eles com antecedência, diferente do ano passado, que só consegui assistir os filmes após a cerimônia, onde só exibiram os filmes premiados.


Sendo assim, essa semana fui assistir um dos filmes que estava mais ansiosa pela estréia, e é claro que eu precisava vir contar para vocês o que eu achei.

Título Original: The Danish Girl
Direção: Tom Hooper
Ano: 2016
Gênero: Drama, biografia
Sinopse: Cinebiografia de Lili Elbe (Eddie Redmayne), que nasceu Einar Mogens Wegener e foi a primeira pessoa a se submeter a uma cirurgia de mudança de gênero. Em foco, o relacionamento amoroso do pintor dinamarquês com Gerda (Alicia Vikander) e sua descoberta como mulher.



O filme é um drama biográfico sobre o pintor Dinamarquês Einar Wegener que após precisar se vestir de mulher para ajudar sua esposa e também pintora Gerda, ele se descobre como uma mulher em corpo de homem e vai fazer de tudo para assumir sua condição. E se hoje, muitas pessoas ainda se chocam com pessoas transgênero, imagine isso acontecendo em meados de 1930!


Lindamente interpretado por Eddie Redmayne, o filme retrata todo o drama familiar vivido pelo casal que passam por sofrimentos distintos, no qual de um lado temos uma mulher que precisa se assumir como tal e se mostrar para o mundo como realmente é, e do outro sua esposa, que precisa entender e aceitar essa nova realidade... a de ter um marido que se sente tão mulher quanto ela. Enquanto a trama se desenrola, nós vamos refletindo sobre isso, e eu enquanto mulher, me colocando no lugar da Gerda, pensando como seria minha reação e minhas decisões sobre tudo aquilo.


Apesar de ser um tema polêmico, dramático e até pesado, o filme o retrata de uma forma muito poética, delicada, exaltando muito os detalhes e concedendo uma leveza ao enredo, ao mesmo tempo que nos choca e nos toca profundamente. 


Eu gostei muito da atuação do Eddie Redmayne, acho que ele conseguiu captar a essência do personagem e seus traços contribuíram muito para a composição do personagem. Mas, quero destacar a atuação da Alicia Vikander no papel de Gerda, que realmente se destacou durante o filme, apesar de a trama focar muito no drama do Einar, ela surge como o lado forte, que vem para segurar e manter toda a emoção do filme, pois ao acompanhar o sofrimento dele, também acompanhamos o lado dela, enquanto mulher, esposa, artista. Mesmo que o diretor não tenha aprofundado a história da Gerda, isso fica muito claro durante o desenvolvimento da trama.

"Não importa o que eu vista. Quando sonho... são os sonhos da Lili."

E como eu sou muito curiosa quando se trata de biografias, fui pesquisar mais sobre a história original, e isso me fez observar tudo por outro viés. Um lado que não é contado no filme, mas acaba justificando algumas decisões e fatos narrados durante o filme, mas que foi romantizado e até ocultado no roteiro, de forma que o foco se volta para uma coisa apenas, deixando escapar algo muito importante para o desfecho da história, algo que o filme não retrata. Se você ficou curioso e quer saber mais, clique aqui!

Imagens reais de Einar Wegener ou Lili Elbe

Falando um pouco da parte técnica, o filme tem boa fotografia, figurino e cenários da época ricamente caracterizados, tudo foi bem pensado e ambientado nos fazendo crer estarmos realmente vivendo aquele momento histórico, além disso, a trilha sonora também está muito bonita.

Bom, é isso. Espero que tenham curtido a resenha, que eu não quis me prolongar muito para não acabar soltando algum spoiler. Mas espero que quem tiver a oportunidade de assistir o faça, com a mente e o coração abertos a se emocionar, pois é uma belíssima história de amor, de amizade e de perseverança.

Até a próxima! 
 
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