agosto 13, 2017

Resenha 9/17: Filha da Floresta

Olá pessoal, tudo bem?
Demorou, mas finalmente tem resenha novinha aqui no VO.


A leitura foi longa e o período um pouco conturbado, mas enfim conclui essa leitura massa, e agora vou compartilhar minhas impressões com vocês.

Sinopse: O domínio de Sevenwaters é um lugar remoto, estranho, guardado e preservado por homens silenciosos e criaturas encantadas, além dos sábios druidas, que deslizam pelos bosques vestidos com seus longos mantos... Passada no crepúsculo celta da velha Irlanda, quando o mito era lei e a magia uma força da natureza, esta é a história de Sorcha, a sétima filha de um sétimo filho, o soturno Lorde Colum, e dos seus seis amados irmãos, vítimas de uma terrível maldição que somente Sorcha é capaz de quebrar. Em sua difícil tarefa, imposta pelos Seres da Floresta, a jovem se vê dividida entre o dever, que significa a quebra do encantamento que aprisiona seus irmãos, e um amor cada vez mais forte, e proibido, pelo guerreiro que lhe prometeu proteção.

Título: Filha da Floresta | Autora: Juliet Marillier | Ano: 2012 | Gênero: Fantasia / Romance | Editora: Butterfly



Livro cedido em parceria com a editora.

Minha primeira impressão do livro é de uma história longa e arrastada, devido a quantidade de páginas e fazer parte de uma trilogia fiquei imaginando se a autora teria criatividade suficiente para manter o leitor entretido por toda a leitura. E isso para mim, foi a melhor coisa, pois a autora não apenas conseguiu me prender a leitura, como conseguiu manter um bom ritmo de narrativa durante as 600 páginas.

Filha da Floresta trata da história de Sorcha, uma menina simples criada apenas pelo pai após a morte da mãe, mas com quem não tem muita proximidade, pois Lorde Colum é uma personalidade importante para a comunidade onde ela vive cercada de natureza e de seus seis irmãos mais velhos que possuem personalidades distintas, mas que mantém em comum o amor pela família e especialmente pela irmã caçula. E cada um possui uma função dentro do feudo onde desenvolvem suas habilidades. Devido a isso, Sorcha foge totalmente dos padrões sociais para meninas da sua idade.

“A única coisa que uma casa cheia de homens não precisava era de bordados.”

A trama é ambientada em uma floresta, onde se vive em harmonia com a natureza e com os seres sobrenaturais que ali existem, influenciando a vida de todos os moradores que convivem de forma natural com toda a magia do lugar. Há toda uma atmosfera de fábula permeando a história que será bem explorada pela autora. Sorcha mais que ninguém aprendeu desde cedo a explorar de forma consciente as potencialidades da floresta e a conhece muito bem. Porém, sua vida vai mudar quando o pai resolve casar novamente.

“Sempre pedíamos licença e agradecíamos, fosse para a árvore ou para o espírito que habitasse nela.”

A chegada de uma nova pessoa ao lar trará um sofrimento inimaginável para a família, mas especialmente para Sorcha, que após um feitiço lançado em seus irmãos, precisará cumprir uma tarefa muito difícil, eu diria impossível para salvar seus irmãos. É claro que ela receberá algumas ajudas, mas também enfrentará muitos obstáculos até o desfecho. Cabe ressaltar que apesar de essa tarefa ser o foco central, o enredo é marcado por disputas políticas de territórios, intrigas, romances e vários elementos que surgem para incrementar a história.

“Mas no fim, tão certo quando o sol e a lua atravessam o arco dos céus todos os dias, a força de um será a força dos sete.”

O enredo é riquíssimo em acontecimentos, vários personagens passam pela história e influenciam toda a trama, o que torna a história muito dinâmica. É claro que o foco da história é a Sorcha, a filha da floresta, mas a autora consegue criar uma atmosfera intensa, cheia de emoções e acontecimentos que mesmo sendo uma história longa, ela não se torna monótona ou arrastada. Na verdade, vamos endo e torcendo pela menina que passa por maus bocados até receber uma grande ajuda.

“Aquelas árvores guardavam em seus corações a história de nossas vidas, acompanharam nosso crescimento e agora estavam para presenciar o maior mistério que já tinham enfrentado.”

Não quero entrar em detalhes, mas há um crescimento da personagem com o passar dos anos, seu amadurecimento, suas provações, tudo vai contribuir para torná-la forte e para prepará-la para a vida e para o amor. E isso é uma parte que nos surpreende também, bem como o futuro dos irmãos que até então é bem incerto.

“Seus olhos pareciam ver a parede de pedra, mas senti que ele via algo distante, uma lembrança vaga, mas doce e forte como a nota de uma harpa, e também dolorosa como uma golpe de espada.”

Apesar de ser uma trilogia, a primeira história tem um bom fechamento, deixando apenas algumas coisas pendentes para fazer a ponte com o livro seguinte, que eu espero ler em breve, mas o final é bem satisfatório, o que é algo que gostei muito.

“A trama de nossas vidas voltaria a se recompor, as sete correntezas fluiriam juntas e as jornadas convergiriam para um único objetivo.”

A edição está muio boa, com detalhes nas páginas iniciais dos capítulos, a capa remete a história, as páginas são amareladas e a fonte tem bom tamanho. A revisão está ótima, acho que encontrei um ou dois probleminhas na revisão já pro final do livro, mas nada que ofusque a qualidade da obra.

Espero que tenham curtido a resenha, recomendo muito.

Até a própxima!!!
 
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