outubro 03, 2017

Resenha 13/17: O Maníaco do Circo

Olá pessoal, tudo bem?
A postagem de hoje tem uma característica bem interessante e vocês vão saber o porque a seguir.


A resenha que vou apresentar a vocês, fez parte da TBR da Maratona Setembro Nacional, mas devido a temática cabe bem na TBR de leituras que farei agora no mês de outubro, o qual vou dedicar a leituras mais pesadas, devido a época do Halloween. Vamos conhecer?

Sinopse: O Maníaco do Circo” aborda o tema da psicopatia, da fobia, e conta a história de Renato, uma criança com personalidade psicopata que, através de sonhos e alucinações, constrói um mundo mítico onde os palhaços são manifestações materiais de um demônio. O garotinho cresceu e se tornou um homicida missionário. Sua missão: tentar purificar as almas possuídas por esse demônio, ou livrar o mundo de sua ameaça. O leitor vai acompanhar a gênese da loucura, a espontaneidade da primeira execução e a necessidade que o psicopata tem de dar continuidade a uma sina mórbida, tão necessária para ele quanto o próprio ar. Até que a história se complica com o aparecimento de um criminoso, apelidado de “Maníaco do Circo”, que assola a cidade, deixando todos perplexos com a sua crueldade. Quem é o Maníaco do Circo? Quem se esconde por trás da maquiagem de palhaço?Esse mistério, somente você poderá desvendar!

Título: O Maníaco do Circo e o Menino Que Tinha Medo de Palhaços | Autor: Leonardo Barros | Ano: 2009 | Gênero: Suspense, policial, romance de ficção | Editora: Independente


O livro conta a história de Renato, um garoto traumatizado por causa das imagens "demoníacas" de palhaços que decoravam seu quarto na infância. Sua mãe, solteira e bonita, na tentativa de oferecer uma vida melhor ao filho, trabalhava muito, mas não deixava sua vida pessoal de lado, saindo com muitos homens, ao mesmo tempo que perdia-se no vício do álcool.


"O vermelho do nariz de palhaço contrastava com a negrura de seus cabelos, o sorriso duro como o sinistro demônio."

Com a vida conturbada, Reato cresce e se torna um farmacêutico que mantém além da vida normal, um laboratório de fabricação de anfetaminas para tráfico, o que lhe rende uma boa grana, até uma influência maligna passa a tomar conta de Renato que se prende aos orixás para se defender e livrar o mundo do dragão vermelho do mal.


"A morte parecia trazer ao moço, mais uma vez, alento e proteção."

Então, nos deparamos com um personagem psicopata, que influenciado por uma mãe de santo vai cometer vários crimes e se meter uma grande confusão. Mesclando vários temas no enredo, como thriller policial, suspense, erotismo e religião. 

"Se isso era o que o pai queria dele, então era essa sua missão. Livrar o mundo dos impuros, dos demônios ruivos da graça, dos palhaços dragões de Xangô."

De início, eu gostei muito da trama, contando a história de um garoto que era traumatizado por conta dos palhaços, mas durante a leitura o enredo toma outro rumo e na minha opinião, acaba fugindo muito da premissa. Não que a história seja ruim, mas o "maníaco do circo" o qual dá nome ao livro fica em segundo plano, dando lugar a uma nova história, com um personagem diferente e desenvolvimento totalmente novo.


"O homem era, sim, um iniciado de corpo fechado."

Eu gosto muito da escrita do Leonardo Barros, já resenhei outras obras dele, mas confesso que essa história se perdeu um pouco a partir do momento que ele uniu várias temáticas em uma mesma história, deixando a trama um pouco arrastada, enquanto esperávamos que o maníaco do circo se manifestasse, e só o descobriremos no final do livro e de uma forma não tão empolgante quando eu esperava.


"Aos olhos de Renato, era um corpo prateado, metálico como o espírito da guerreira do sonho. O demônio dentro dela estava morto. Esganada. Como o gato Tom, não tinha sete vidas. A sensação de matar o demônio era igual a emoção da infância, a simples contemplação... Um alívio. Estava morta."

Na minha opinião, misturar vários gêneros em uma mesma obra acaba sendo um tiro no pé, pois a gente fica meio perdido na leitura sem saber o que esperar, qual gênero vai se sobressair, sem falar que fica complicado manter o suspense, já que vários outros elementos estão influenciando a trama, e foi o que aconteceu com esse livro, o mistério ficou em segundo plano, e eu não me senti presa a leitura, esperando por aquele final.


"E de vez em quando se lembrava de imitar aquelas emoções. Amor, medo, nojo, pena... Era apenas palavras para ele. Por um tempo ele pensou que entendia o significado daquelas expressões."

Mas apesar de o Renato não ser um personagem cativante como outros escritos pelo autor, eu gostei de ele ter usado nossa cidade como cenário e a gente faz um passeio por pontos turísticos, bairros e ruas conhecidas.

Bom é isso, essa foi uma leitura que fez parte da Maratona Setembro Nacional, mas pela temática mais pesada, coube direitinho entre as leituras do mês do terror kkk.

Em breve trarei para vocês minha TBR de leituras para o mês de outubro.

Até a próxima!!!
 
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